A 3ª edição do Rio Innovation Week terminou com recorde de público e um palco histórico de Web3 comandado pelo BeInCrypto. Com curadoria da jornalista Aline Fernandes, o BeInCrypto levou para o evento discussões importantes sobre o atual momento das criptomoedas, NFTs e blockchain no Brasil e no mundo.
Durante quatro dias de conferências em um espaço de 68 mil metros quadrados, cerca de 155 mil pessoas passaram pelos galpões do Píer Mauá, no Rio de Janeiro. O evento está entre os maiores do mundo, focado em inovação e tecnologia.
Além dos palcos, o Rio Innovation Week 2023 recebeu várias ações interativas para que o público pudesse experimentar atividades com óculos de realidade virtual e inteligência artificial.
Entre as principais pautas desta edição, estava o debate ético sobre a utilização de inteligência artificial. As conferências tinham representantes de diferentes áreas como Tecnologia, Direito, Mercado, e da Academia, para discutirem os impactos desta questão.
Os temas de sustentabilidade também direcionaram as propostas e projetos apresentados, reforçando a urgência da mudança de hábitos e comportamento, além de nossa forma de consumir.
“Assumimos um compromisso no qual o Rio Innovation Week 2024 promoverá o debate e desenvolverá suas conferências com a participação de pessoas que se destacam globalmente nas mais diversas áreas, que pensam a Inovação e a Tecnologia como desenvolvimento plural. Entidades civis, fundações, ativistas, cientistas, pesquisadores e personalidades de várias partes do mundo se engajarão neste comitê e serão convidadas para participar presencialmente de palestras e debates na próxima edição do evento, em agosto, com foco no desenvolvimento tecnológico e na inovação em vários campos de conhecimento”, detalha um dos idealizadores do evento, Jerônimo Vargas.
Números do Rio Innovation Week 2023 impressionam
O evento recebeu mais de 2.500 palestrantes em 32 conferências. Foram mais de 1.300 horas de palestras com conteúdo de qualidade.
A organização distribuiu 10 mil passaportes gratuitos para professores da rede pública de ensino e outros 60 mil com foco em empreendedorismo social e acessibilidade.
Com 2.200 startups participantes e 350 expositores, a capacidade de geração de novos negócios também bateu recorde em relação a edição anterior. Foram R$ 2,3 bilhões contra R$ 1 bilhão da 2ª edição. O megaevento também gerou 20 mil empregos diretos e indiretos.
Preocupação ambiental
Uma das grandes preocupações do planeta atualmente é o desequilíbrio climático global. Pensando em diminuir o impacto negativo na natureza, 10 mil metros quadrados de lona serão enviados para empresas de reaproveitamento.
Todos os descartes foram realizados de forma seletiva, 15 toneladas de lixo reciclável foram encaminhadas para empresas e cooperativas de reciclagem.
Destaques
Ocorreu também a estreia do espaço RIW Impact for Change, que abordou a importância da inovação na viabilização de projetos ambiental e social em comunidades.
Participaram dos debates organizações da sociedade civil, universidades e instituições científicas. .Instituições que estão pensando em como usar as novas tecnologias para diminuir desigualdades e desenvolver abordagens tangíveis para a saúde e o bem-estar social no planeta.
Outro destaque foi a presença de Marcelo Gleiser, vencedor do prêmio Templeton, um dos brasileiros de maior reconhecimento internacional no campo da física e astronomia. Com uma visão holística, ele falou como ciência e espiritualidade podem andar juntas para uma compreensão mais profunda da vida e dos mistérios do universo.
Mais de 15 países marcaram presença na 3ª edição RIW
Representantes de mais de 15 países passaram pela área portuária da cidade maravilhosa. Nomes como Marc Randolph e Alex Osterwalder, que inovaram na aplicação de novas tecnologias para revolucionar segmentos de negócios, gerando impacto e mudanças em a cadeia de produção, compartilharam suas experiências de sucesso.
Tanya O’Callaghan, baixista da banda Whitesnake, empreendedora e co-host do projeto Highway to Health, falou dos impactos positivos do veganismo na preservação do meio ambiente.
Brasileiros lotam plenária principal
Xuxa, que recentemente estreou no mundo Web3 com uma coleção NFT sobre sua trajetória, lotou a plenária em um bate papo sobre alimentação. Para a eterna Rainha dos Baixinhos, o mundo será vegano.
Os músicos Marcelo Falcão, Milton Guedes, Toni Garrido e Diogo Nogueira passaram pelo palco flutuante no final dos dias, para levar descontração após as intensas palestras e aprendizados.
Natália Arcuri, com mais de dez milhões de seguidores em suas redes, ressaltou a importância de descentralizar o acesso à educação.
Arcuri, que lotou a Plenária, lembrou da natureza descentralizada das criptomoedas e da dificuldade de compreensão de um assunto ainda muito novo e complexo para maioria das pessoas.
“Se hoje o mundo cripto, não é tão conhecido ou reconhecido, é justamente porque a maior parte das pessoas não consegue nem conceber a ideia, não sabe o que é e morre de medo. Então para que a gente consiga ter mais equilíbrio de acesso, nós precisamos descentralizar o acesso à educação”, ressaltou a jornalista.
A última palestra do evento foi com o artista Eduardo Kobra. Ele contou sua história enquanto criava no palco uma nova obra, e acabou convidando o público para finalizar a peça com ele.
O brasileiro adiantou em declaração exclusiva ao BeInCrypto. que em breve, lançará a primeira coleção de arte NFT.
Palco BeInCrypto faz história com conteúdo Web3
O espaço do BeInCrypto, dedicado a Web3 e ao setor de criptoativos, captou a atenção do público que visitou o Rio Innovation Week no segundo dia. Todas as plenárias estavam lotadas.
A abertura do palco contou com a presença do professor global e apresentador do “O Imponderável” na Record News, Gil Giardelli. Ele falou sobre o uso de IA na indústria e questões éticas.
“Foi uma honra falar de como Blockchain e criptos estão mudando a era da inovação radical e criando um encontro da IA com a Inteligência humana, nos levando a uma era de combater as desigualdades insustentáveis. Guerras, pandemias, injustiças sao os efeitos do velho mundo se desmontando”, disse Giardelli.
Para se ter uma ideia do tamanho desse mercado, conforme publicação do Statista e da Next Move Strategy Consulting, espera-se que o mercado de inteligência artificial (IA) cresça a passos largos. A previsão é de que o seu valor atual de quase US$ 100 bi, cresça 20 vezes até 2030, atingindo quase US$ 2 trilhões em sete anos.
Na sequência, os palcos abordaram a DREX, a nova regulamentação cripto, a sociedade tokenizada com grandes players do mercado como Itaú, Bradesco, Visa, Microsoft, Mercado Bitcoin e o regulador, a CVM.
Representantes de bancos, big techs, exchanges e advogados ressaltaram a importância da educação financeira para implementação da Drex. Eles questionaram como será a relação entre empresas e clientes, uma vez que estes terão a custódia dos tokens da população.
A importância que as diversas funcionalidades que a tokenização trará para o sistema financeiro como um todo também estava na pauta.
Nossos palestrantes ressaltaram que com a nova tecnologia da blockchain agora há uma forma de fazer um registro imutável e mais seguro para todas as partes.
O agronegócio, setor que movimenta mais de 25% do PIB do país, ganhou um painel dedicado a tokenização de commodities agrícolas. Representantes do Agrotoken detalharam no palco a importância do uso das novas tecnologias – da porteira para fora.
A solução que está no consórcio do LIFT do BC, já foi usada como exemplo pelo Banco Central dos Estados Unidos, o FED.
Cristiana Ferreira, Diretora Executiva da Visa Brasil, contou que a empresa está sempre de olho em novas formas de pagar e receber. Sendo assim, o diálogo com o mercado agro, em especial com o Agrotoken, e com as novas tecnologias da blockchain, vem para facilitar o acesso ao crédito.
A Microsoft entra no projeto DREX para trazer uma interoperabilidade entre o Agrotoken e o PIX . É a única empresa a estar em mais de quatro consórcios no piloto do Drex. Não se limitando a isso, a tecnologia blockchain poderia ter um uso aplicado a criar um “score” para o agricultor, para entre outras coisas, validar que pessoa X é, de fato, X.
A Mídia na Web3 abordou as dores, soluções e ideias para comunicar com eficácia os novos clientes de criptoativos e a transição da Web2 para Web2.5 e Web3
Para Maria Domingues, diretora de Relações Públicas na Essenca, o trabalho de RP se tornou muito difícil por conta das pirâmides em 2019. Já Malu Barbosa, gerente de Novos Negócios e Parcerias Estratégicas da NR7 Full Cycle Agency, contou que precisou se adaptar e se especializar para atender esse mercado.
O jornalista Gino Matos, do Cointelegraph, falou sobre credibilidade e a velocidade da Web3. “Senso de comunidade é muito forte e conectado”, disse.
Bruna Brambatti, gerente de redes sociais do BeInCrypto Brasil, complementou sobre o sentimento de comunidade e diz que realizar uma boa comunicação para um público de nicho e, ao mesmo tempo, atrair o público mais amplo é o principal desafio.
“Na era da informação e das redes sociais, onde cada segundo de atenção é disputado, é fundamental compreender a linguagem do público e utilizar todas as plataformas disponíveis.”
A plenária também abordou o papel da mídia de traduzir temas que são tão técnicos e deixá-los mais acessíveis a todos os tipos público. Os memes também foram citados como ferramentas de marketing superpoderosas.
Sobre o uso de IA no jornalismo, o grupo concordou que as plataformas digitais são uma ajuda, mas o capital humano não é possível substituir, a conexão de pessoa para pessoa é algo único.
A magia também acontece no metaverso com a Coca Cola
O diretor de Marketing da Coca Cola, Ted Ketterer, subiu ao palco para falar sobre os projetos da marca na Web3. Ele destacou que a relação da empresa com a Web3 é uma extensão do core de sua atuação no campo de marketing, e não apenas para “surfar a onda” do momento.
Ketterer citou Fanta Melier como um exemplo de sucesso – para conectar os consumidores com seus sabores preferidos e fazer harmonizações. O projeto conta com a ajuda da IA para aumentar as opções dos usuários.
O executivo também respondeu perguntas da plateia sobre ações da Coca-Cola no metaverso em grandes eventos, como Lollapalooza e Rock in Rio.
O último palco da noite contou com o Deputado Federal Caio Vianna, junto com o advogado Caio Sanas e Nathaly Diniz, da Foxbit. Eles discutiram sobre os grandes avanços tanto no quesito regulamentação, quanto o foco nas iniciativas de fomento dessas novas tecnologias.
Os participantes abordaram os avanços da lei que regulamenta os criptoativos no país. O respaldo para o fomento de novas tecnologias, como a blockchain, e a proteção contra golpes e fraudes.
Em fase final dos trabalhos de conclusões da CPI das Pirâmides Financeiras, o presidente da Comissão, Aureo Ribeiro, gravou um vídeo marcando participação e encerrando o palco com informações preciosas sobre o relatório final da CPI.
Evento confirma edição 2024
O sucesso do evento este ano se deu graças à participação de representantes de diversas camadas da sociedade compartilhando conhecimento. Além da capacidade de geração de negócios e o impacto na economia da cidade.
Isso motivou o comitê organizador do Rio Innovation Week a iniciar o planejamento da próxima edição, que acontecerá de 06 a 09 de agosto de 2024, novamente no Píer Mauá.
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