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FTX: Executivos sabiam da ausência de US$ 8,9 bilhões em fundos de clientes em 2022

3 mins
Por Josh Adams
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A FTX e seus devedores divulgaram um segundo relatório documentando o uso indevido de depósitos de clientes.
  • Eles estavam cientes de um déficit de US$ 8 bilhões em ativos de clientes em agosto de 2022.
  • O ex-CEO, Sam Bankman-Fried, enfrenta oito acusações em um tribunal de Nova York.
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A exchange de criptomoedas FTX e seus devedores divulgaram seu segundo relatório sobre o colapso. Ele inclui revelações sobre a mistura e uso indevido de fundos de clientes por sua antiga equipe de gerenciamento.

Sem mencionar o fato de que a liderança da FTX sabia de perdas maciças e fundos perdidos meses antes da bolsa ser desfeita.

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O relatório, de 33 páginas, foi feito com base na análise contínua dos devedores da FTX. Ele visa rastrear e recuperar ativos, maximizando as recuperações das partes interessadas.

FTX escondeu perdas de fundos antes da falência

De acordo com o estudo, o alto escalão da FTX sabia de um déficit de US $ 8,9 bilhões em ativos de clientes desde agosto de 2022. A exchange entrou com pedido de falência no dia 11 de novembro daquele ano.

Isso implica os principais executivos da FTX, bem como a ex-chefe da Alameda Research e namorada de Sam Bankman-Fried, Caroline Ellison.

O relatório afirma que, em agosto de 2022, os executivos seniores da FTX e Ellison estimaram que deviam aos clientes mais de US$ 8 bilhões em moedas fiduciárias. Só que a exchange não tinha essa quantia em mãos.

Suas ações, a partir desse momento, não foram exemplares.

O relatório continua:

“Eles não divulgaram o déficit, mas, naquela época, pela primeira vez, criaram uma conta falsa de cliente no FTX.com para refletir o passivo oculto em moeda fiduciária. Para minimizar o risco de escrutínio, os executivos seniores da FTX e Ellison se referiram a essa conta falsa apenas como ‘a conta de nosso amigo coreano’”.

John J. Ray III, que lidera o esforço para recuperar fundos para os credores, divulgou uma declaração elogiando a divulgação do relatório. Ele disse que isso aumenta a transparência em das operações da FTX.com e aos problemas que ele e seus colegas enfrentam.

“A imagem que o Grupo FTX procurou retratar como líder da era digital com foco no cliente era uma miragem. Desde o início, o Grupo FTX combinou depósitos de clientes e fundos corporativos e os utilizou indevidamente com abandono sob a direção e por design de executivos seniores anteriores. Continuaremos relatando nossas análises e descobertas à medida que nosso trabalho avança e continuamos comprometidos em recuperar o máximo de valor possível para os credores”, disse.

Exchange em processo de falência

No momento, a exchange está em processo de falência em Delaware. De acordo com o relatório, aproximadamente US$ 7 bilhões em ativos líquidos foram recuperados até agora.

Seu ex-CEO, Sam Bankman-Fried, enfrenta oito acusações relacionadas ao colapso em Nova York. Quando o fiasco aconteceu, Bankman-Fried deixou de ser um impulsionador da indústria de criptomoedas para se tornar um criminoso de notoriedade global.

Mesmo agora, ele sustenta que o uso indevido de fundos de clientes foi resultado de má administração e não de comportamento criminoso.

A ex-CEO da Alameda, Caroline Ellison, e o cofundador da FTX, Gary Wang, já se declararam culpados de acusações federais. Eles estão cooperando com os promotores.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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