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Sam Bankman-Fried usou dinheiro de clientes da FTX para doações eleitorais, diz DoJ

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Sam Bankman-Fried teria usado fundos de clientes para financiar campanhas eleitorais dos EUA, segundo o DoJ.
  • Promotores voltaram a incluir a acusação no julgamento do fundador da FTX, marcado para outubro.
  • Ex-CEO e seu irmão também teriam desviado dinheiro para comprar uma ilha no Pacífico.
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O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) revelou que o fundador e ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), usou US$ 100.000 em fundos de clientes para fazer doações de campanha eleitoral para candidatos dos partidos Democrata e Republicano nas eleições de meio de mandato de 2022.

A revelação surgiu em um documento protocolado pelo DoJ na segunda-feira (14). Nele, o departamento acusa SBF de “se apropriar e lavar depósitos de clientes da FTX”.

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SBF fez doações de campanha com fundos de clientes da FTX

A acusação surge em um momento complicado para Bankman-Fried. O fundador da FTX foi preso na semana passada, acusado de interferir com testemunhas de seu julgamento, que foi marcado para outubro.

Inicialmente, os procuradores dos EUA haviam derrubado a acusação de financiamento ilegal de campanha. Eles alegaram que ela não fazia parte do acordo de extradição com as Bahamas, onde SBF morava quando foi preso.

Entretanto, eles mudaram de ideia há uma semana, dizendo que vão acumular a acusação com as de lavagem de dinheiro e fraude.

Conforme o documento:

“Como Bankman-Fried sabia, as finanças da FTX continuam uma deficiência multibilionária causada por sua própria apropriação indevida de fundos de clientes da exchange. Ainda assim, ele continuou a usar esses fundos de clientes durante o colapso da FTX em novembro de 2022 para parar por seus investimentos, aquisições e contribuições de campanha”.

Bankman-Fried queria comprar ilha no Pacífico

A situação de Sam Bankman-Fried parece se complicar ainda mais com o retorno da acusação de doação ilegal de campanha. Além disso, repetidas informações reveladas durante o curso da fase de descoberta do julgamento pintam um cenário cada vez mais complexo para o fundador da FTX.

Outros documentos judiciais, por exemplo, revelaram que SBF e seu irmão Gabe queriam comprar uma ilha no Pacífico. O local seria usado como refúgio em caso de “colapso da civilização” e, além disso, também abrigaria um laboratório de genérica avançada.

Eles teriam desviado o o dinheiro para isso do braço filantrópico da FTX.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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