“Não queremos ser cota”, diz CEO da Trexx durante Women in Ethereum

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Mulheres estão explorando o potencial da Web3 e das finanças para empoderar mulheres no mundo dos negócios.
  • Grupo falou na Women in Ethereum, na capital fluminense que mulheres precisam estudar e serem resilientes.
  • Ethereum Rio termina nesta quarta-feira (14).
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​A frase foi dita por Heloísa Passos no Women in Ethereum, evento paralelo da Ethereum Rio, que aconteceu nesta segunda-feira, (13) no centro do Rio de Janeiro. Passos participou da conversa Web3 e Finance: Empoderando Mulheres nos Negócios.

Além de Passos, participaram também a head de regulação e tokens na Foxbit, Nathalie Diniz, Sofia Duesberg, diretora de Vendas da Fireblocks e Juliana Walenkamp, estrategista de negócios.

Elas falarem sobre carreiras, compartilharam percepções de como a Web3 pode empoderar mulheres, ser mais inclusiva e de fato abrir caminhos em áreas dominadas por homens como, por exemplo, tecnologia e finanças.

Heloisa, apaixonada por jogos desde criança, contou na Women in Ethereum que quando os games em blockchain estavam no auge em 2021, evitava participar de painéis que falavam sobre as “dores das mulheres na Web3”.

“Temos que parar com isso! Vamos falar sobre as dores do DeFi, falar de igual para igual porque os homens sempre vão deixar a gente para ser cota e nós não somos cotas.!”

Como as finanças podem ajudar a empoderar as mulheres e o caminho da Web3

Duesberg, lembrou o primeiro evento que participou há um ano e meio quando chegou no setor

“Entrei numa conferência e acho que de 100 pessoas eu conseguia contar no dedo duas ou três mulheres e foi impactante para mim.”

Como Sofia já veio do mercado de finanças tradicionais, predominantemente masculino, a percepção dela é de que hoje o setor está muito mais diversificado.

“Porém ainda há uma longa caminhada e acho que em cripto, blockchain, ainda estamos muito mais atrás. A gente tem muito trabalho a fazer e espero trazer cada vez mais, mais e mais mulheres para esse ecossistema.”

Women in Ethereum
Women in Ethereum 2024 : mulheres participam de conversas sobre desafios na Web3

Estrategista fala sobre desafios das mulheres na Web3

Com quase uma década de experiência, Juliana Walenkamp é especialista em Estratégia e Desenvolvimento de Negócios no mercado Web3. A executiva falou sobre preconceitos e desafios.

Walenkamp que trabalha com protocolos blockchain e criptomoedas desde 2016, lembrou, por exemplo, de problemas estruturais. Isso porque a Web3 é a junção do mercado financeiro com o de tecnologia. E os dois são predominantemente masculinos historicamente.

“Eu já passei por algumas situações.  Acho que temos problemas estruturais que ainda são muito fortes no mercado. Mas um conselho que eu sempre dou para quem me pergunta como entrar e como se desenvolver nesse sistema, é estudar. !”

Para a especialista é fundamental não abaixar a cabeça, uma vez que as dificuldades irão aparecer, pois é normal e faz parte do processo.

“Só que mais importante do que se manter empoderada e na sua posição na sua empresa, é você cada vez mais se especializar no assunto que você domina, porque através do conhecimento a gente sempre consegue se destacar.”

Segundo Walenkamp o lugar da mulher é garantido quando ela tem informação necessária para estar sentada de igual para igual ao lado de qualquer pessoa.

Mulher, não desista e persista

“Então, o meu conselho é não desistir, dificuldades vão ter, mas se capacitar cada vez mais e se tornar uma referência no mercado, uma referência no assunto que você domina e no nicho que você quer se desenvolver.”, finaliza Juliana, que tem passagens por BitGo e Transfero.

A advogada, que começou a trajetória no mercado regulatório cripto em 2019, revela que não dá para parar de estudar. Diniz que se dedica exclusivamente ao setor cripto começou na área educacional.

Após dar aulas na Pontifícia Universidade Católica (PUC) em São Paulo de contratos inteligentes, Nathalie Diniz reforçou a fala de Walenkamp .

“Uma dica que eu daria para outras colegas advogadas que tem interesse de atuar nessa área de criptoeconomia é tentar buscar mais conhecimento relativo à inovação. Existe hoje uma rede de apoio muito forte no mercado de cripto de mulheres que se apoiam.

 Eu sempre costumo dizer que nós mulheres nessa rede de apoio abrimos uma porta para que outras mulheres consigam entrar e eu acho que cada uma de nós ganha com a participação e apresentação feminina de outras empoderando e tomando espaços que precisam ser ocupados por um olhar, uma perspectiva diferente que toda mulher pode ter.

Ou seja, educação, persistência é o caminho, né? E coragem, eu acho que é. Coragem.” finaliza Diniz.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3 -...
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