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Microsoft renova interesse em IA ao anunciar nova parceria

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Atualizado por Thiago Barboza

A Microsoft continua seu avanço no setor de IA. A empresa anunciou uma parceria plurianual com a Mistral, uma startup de inteligência artificial (IA) da França.

O acordo inclui a compra de uma pequena parcela de ações da empresa, que vale cerca de US$ 2,1 bilhões.

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Microsoft avança em IA

A parceria com a Mistral surge pouco mais de um ano após a Microsoft investir US$ 10 bilhões na OpenAI. Ela inclui a disponibilização de todos os modelos de linguagem grande (LLMs) comerciais da startup, que serão inclusos na plataforma de IA da Azure.

Conforme a gigante de informática, o objetivo é “desenvolver a próxima geração de LLMs”. Nenhuma empresa deu mais detalhes sobre a parceria.

O anúncio surge no mesmo dia em que a Mistral anunciou o Mistral Large, seu novo modelo de linguagem. A ferramenta de IA quer competir com o GPT-4 da OpenAI, um dos serviços mais avançados no setor.

“O Mistral Large tem resultados fortes nos benchmarks mais comuns. Ele é o segundo colocado em modelos disponíveis através de um API, próximo ao GPT-4”, disse a startup.

A Mistral também afirma que seu LLM fica na sua própria estrutura, na Europa, além do serviço da nuvem do Microsoft Azure. Isso contrasta com o ChatGPT, que só usa a nuvem.

A startup também lançou um novo chatbot, chamado “Le Chat”, que se abastece de seus próprios modelos de IA. Além disso, o Mistral Small, uma versão lite do LLM, já está disponível.

Os modelos da Mistral sempre foram de código aberto. Mas, devido à parceria com a Microsoft, não se sabe se isso vai continuar no futuro.

E enquanto isso, como anda a OpenAI?

A OpenAI passou por momentos de tensão no final de 2023. Tudo começou quando o conselho da empresa decidiu demitir o CEO Sam Altman. Isso causou uma comoção interna na startup, em que até a substituta indicada decidiu apoiar o recém-defenestrado CEO.

Quase todos os funcionários da OpenAI se uniram em torno de Altman, que conseguiu recuperar seu cargo poucos dias depois. E quem caiu fora, portanto, foi o conselho. Todos os membros foram substituídos por pessoas de confiança de Altman e da Microsoft.

Depois disso, a empresa relaxou algumas medidas de sua política, como permitir o uso de seus modelos para fins militares.

O interessa da Microsoft em IA ficou óbvio durante essa operação. A empresa agiu rapidamente e se preparou para contratar instantaneamente Sam Altman e todos os funcionários da OpenAI que decidissem pedir demissão e seguir seu chefe.

A gigante de buscas, inclusive, preparou um andar de um de seus prédios com a infraestrutura necessária para que a equipe voltasse ao trabalho imediatamente.

Esse incidente reforça o interesse contínuo da Microsoft no desenvolvimento de IA. A empresa vê a tecnologia como uma das formas de enfrentar o Google na soberania do mercado de buscas, onde a empresa senta no topo há mais de 20 anos.

Enquanto isso, a Microsoft continua inserindo recursos de IA em seus apps, como o Bing, o Skype, o navegador Edge e, quem diria, até o Paint.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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