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Bitcoin volta para grupo de ativos que valem mais de US$ 1 trilhão

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Atualizado por Aline Fernandes

A criptomoeda mais valiosa do mercado voltou para o seleto grupo dos 10 ativos de US$1 trilhão. Isso aconteceu porque o Bitcoin ultrapassou a barreira dos US$ 51.500 na quarta-feira (14). Commodities como ouro e prata e empresas como Microsoft e Apple figuram na seleta lista.

O cálculo do valor de mercado é uma multiplicação do número total de unidades de um ativo pelo seu preço. No caso do Bitcoin, são 19,6 milhões de moedas multiplicadas por US$ 51.500, resultando em mais de US$ 1 trilhão, explica o chefe de pesquisa do MB, André Franco.

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Bitcoin, alta infinita?

Para o analista do MB, o preço da altcoin deve continuar a tendência de alta.

“O que eu estou vendo de gráfico relacionado ao BTC é basicamente que passando desses US$ 51 mil, em teoria não temos mais resistência (de preço). O natural é que ele busque preços mais altos e, eventualmente, até passe dos US$ 60 mil.”

Apesar do otimismo, Franco diz que a grande questão é que neste caso em específico, por não ter suporte (também de preço) e resistência muito fortes a partir desse patamar, não se sabe onde essa alta pode parar e nem qual seria o suporte mais interessante.

Ao longo da semana, o que vai definir essa continuidade de alta ou não será a entrada de fluxo de ETF, concluí o executivo do MB.

Agenda econômica robusta

Investidores, baleias e detentores de Bitcoin também estão de olho na agenda econômica global, que na próxima semana tem dados importantes como, por exemplo, a divulgação da ata da última reunião de política monetária dos Estados Unidos.

A maior economia do globo optou pela manutenção da taxa básica de juros entre 5,25% e 5,5% na última reunião do FED.

Segundo o comunicado do BC americano, ainda não é apropriado reduzir o intervalo da meta até ter certeza de que a inflação caminha para os 2%.

Também na próxima semana, China divulga taxa de juros e a Europa divulga o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da zona do euro.

Por aqui, o destaque fica com o IBC-BR, indicador que mede a atividade econômica brasileira e usado como uma prévia do PIB. O índice será divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central.

Com a atual Selic em 11,75%, no menor valor percentual desde fevereiro de 2022, a expectativa é que o BC siga o ciclo de cortes em 2024.

Balanços

Várias gigantes da indústria como Nvidia, Walmart e Nubank nos EUA, Vale, B3, Americanas e outras divulgam seus balanços.

Todos esses dados afetam os índices das maiores bolsas do planeta. Nesta sexta-feira, Wall Street fechou no vermelho com analistas de olho em quando o FED de fato começará a cortar a taxa de juros. Tudo indica que o corte deve começar após maio. Mas a decisão vai depender da performance da maior economia do planeta

Na contramão dos EUA, o Ibovespa subiu 0,72% com 128.726 pontos, influenciado pelo mercado interno.

A correlação que o Bitcoin atingiu na pandemia em 2021 com o índice S&P 500 e Nasdaq já não é mais a mesma, ainda assim é inevitável ignorar a relação e as comparações entre o mercado acionário tradicional e a cripto economia.

Por isso, na próxima semana, os olhares estarão voltados para vários dados ao redor do mundo.

Bitcoin pode cair 40.000 dólares após a divulgação dos dados de inflação do Federal Reserve?

O mercado de criptomoedas sofreu um impacto significativo, perdendo mais de US$ 60 bilhões em capitalização de mercado após os dados de inflação inesperadamente elevados nos Estados Unidos .

O efeito imediato dos dados de inflação ficou evidente no preço do Bitcoin. Ele viu uma queda de mais de 3,50%, caindo abaixo do limite significativo de US$ 50.000, para cerca de US$ 48.300. Esta desaceleração reflete o sentimento mais amplo do mercado, com a capitalização total do mercado de criptomoedas caindo para US$ 1,78 trilhão.

A empresa de análise de blockchain Santiment ofereceu uma perspectiva sobre a situação, observando o resultado inesperado do IPC e seu impacto nos mercados de criptomoedas e de ações. A empresa destacou o potencial de volatilidade do mercado e a possibilidade de uma oportunidade de compra caso ocorra vendas em massa, sugerindo que os relatórios anteriores do IPC levaram a correções de mercado significativas a médio prazo.

“Com o Bitcoin caindo abaixo de US$ 49.000, após ultrapassar US$ 50.000 pela primeira vez em mais de 2 anos, o sentimento geral provavelmente se tornará bastante polarizado com este leve retrocesso. Se houver vendas de pânico significativas, a justificativa de comprar na queda torna-se significativamente mais viável, enquanto o sentimento se torna negativo”, explicaram analistas da Santiment.

Reação do Bitcoin aos dados do CPI. Fonte: Santíment
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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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