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Bancos digitais do Brasil vão permitir comprar Bitcoin ‘no curto prazo’, diz CEO de startup cripto

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Startup anglo-americana de custódia de criptoativos prospecta clientes no Brasil.
  • Um dos focos é o setor de bancos digitais.
  • Para CEO, existe um motivo-chave pelo qual ele acredita que eles deverão oferecer Bitcoin em breve.
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Pode não demorar até que Nubank, Neo e outros bancos digitais ofereçam a opção de comprar Bitcoin a brasileiros – e uma startup já está de olho nesse mercado.

Bancos digitais poderão oferecer em breve opção de comprar Bitcoin a clientes no Brasil. Essa é a opinião de Marcos Viriato, CEO e cofundador de a Parfin, uma startup anglo-brasileira do setor de criptomoedas.

Ao O Globo, Viriato diz que veio da Inglaterra ao Brasil em busca de clientes para sua plataforma de gestão de ativos. Na sua mira estariam os bancos digitais. O executivo não chega a citar nomes, mas Nubank, Inter, Neon, C6 Bank e Banco Original poderiam estar entre as possibilidades.

Segundo o CEO, o perfil dos clientes desses bancos leva a crer que eles poderão ser os primeiros a abrir as portas do Bitcoin no setor bancário brasileiro. Dessa forma, ele vê a possibilidade de isso ocorrer no curto prazo.

Já começamos a conversar com alguns bancos digitais. Ainda existem algumas questões regulatórias a serem resolvidas, mas isso será, sem dúvida, uma realidade no Brasil já no curto prazo. Em agosto do ano passado, o PayPal fez uma carteira “cripto” para seus clientes finais. A oportunidade é enorme — acrescenta o CEO.

Startup quer ajudar o investidor institucional a comprar Bitcoin

bitcoin

A Parfin oferece uma plataforma de custódia de ativos que une investimentos tradicionais aos criptoativos. Segundo a empresa, a ideia é preencher a lacuna que ainda afasta investidores institucionais pela necessidade de abrir contas em exchanges.

Seu foco está, dessa maneira, no volume crescente de investidores institucionais interessados em Bitcoin. Em relatório do banco Citi, por exemplo, a startup fundada por brasileiros no Reino Unido aparece como opção de “custódia / pós-negociação” junto com o BNY Mellon, primeiro banco de investimento dos EUA. O banco, que tem a empresa de Warren Buffet como sua principal acionista, também tem interesse em criptoativos.

Existem mais de 200 exchanges no mundo, e as gestoras e family offices que querem operar criptoativos precisam estar conectados a várias delas. Nossa plataforma faz essa integração em um só lugar, tornando mais fácil a consolidação de um portfólio que estaria fragmentado. E ainda conseguimos oferecer um nível mais elevado de compliance nas transações desses ativos

Ao abordar bancos digitais, portanto, a startup pretende oferecer sua plataforma para custodiar e gerir os criptoativos dos clientes, integrando com o sistema do banco.

A proposta é ousada, mas investidores como a Valor Capital acreditam na aposta. A venture capital, vale lembrar, realizou aporte na Coinbase em 2015 e, portanto, pode obter uma saída bastantelucrativa após a estreia da exchange americana na bolsa.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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