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Queda do mercado cripto prejudica programa nuclear da Coreia do Norte

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Governo da Coreia do Norte tem obtido grandes receitas nos últimos anos em ativididades ilegais relacionadas a criptomoedas.
  • País chegou a acumular bilhões de dólares em ativos cripto roubados.
  • Queda do mercado reduziu significamente esses valores, prejudicando o financiamento do seu programa de armas nucleares.
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As criptomoedas em posse do governo da Coreia do Norte caíram substancialmente de valor, prejudicando o financiamento de seu programa de armas nucleares.

Considerado um dos países mais fechados do mundo, é difícil estipular qual o grau de envolvimento da Coreia do Norte no mercado cripto. Porém, tudo indica que a nação comandada por Kim Jong-un tem sido bastante atuante nesta indústria nos últimos anos.

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Todavia, ao contrário de El Salvador e outros países que têm realizados investimentos legais neste meio, o governo norte-coreano está envolvido em diversas atividades ilícitas.

Coreia do Norte: o maio vilão do mercado cripto

A Coreia do Norte tem sido associada a diversos ataques hackers ocorridos na indústria cripto nos últimos anos, inclusive no Brasil. O mais emblemático foi o feito na Ronin, sidechain do Axie Infinity, onde cerca de US$ 600 milhões foram drenados pelos invasores em março deste ano.

Além de protocolos, exchanges também estão constantemente no radar dos grupos hackers do país asiático. Para especialistas, Kim Jong-un e seus cúmplices têm se especializado nessas atividades ilegais para contornar as sanções econômicas impostas por outros países e conseguir novas fontes de receita.

Em fevereiro deste ano, a ONU havia alertado que as criptomoedas roubadas por grupos da Coreia do Norte estavam sendo usadas para financiar o seu programa de misseis nucleares. Dois meses depois, Eric Penton-Voak, do Painel de Especialistas do Conselho de Segurança da organização, disse que esses hacks haviam sido fundamentais para a manutenção da economia do país, destacando que “a RPDC [República Popular Democrática da Coreia] é inovadora na busca de novas fontes de renda ilícita”.

Queda do mercado prejudica planos do país

Saber com exatidão qual o montante de criptomoedas em posse da Coreia do Norte é uma tarefa praticamente impossível. De acordo com a mídia da Coreia do Sul, este valor seria de aproximadamente US$ 1,7 bilhão no final do ano passado – antes do grande hack visto na rede Ronin.

Porém, é possível afirmar que as quedas que o mercado cripto tem sofrido desde então com certeza afetaram os balanços financeiros do país. Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), por exemplo, estão atualmente 70% e 77% abaixo das suas máximas históricas de preço, respectivamente.

Segundo Nick Carlsen, analista da TRM Labs, a quantia roubada da sidechain do Axie Inifnity hoje vale cerca de US$ 230 milhões. Ou seja, ao não vender todos os ativos roubados logo após esse hack, o governo norte-coreano deixou de lucrar aproximadamente US$ 400 milhões.

Vale destacar que o papel de agências de segurança, que conseguem rastrear transações da blockchain, tem sido fundamental para que o país não consiga “lavar” todos os ativos cripto roubados.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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