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República Centro-Africana (RCA) apresenta novo hub de criptomoedas

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O projeto foi aprovado pelo parlamento do país e anunciado no início desta semana.
  • A República Centro-Africana lançará um hub de criptomoedas para promover a inovação e atrair investidores estrangeiros.
  • Um metaverso da ilha cripto também está previsto no projeto.
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Um mês após tornar o Bitcoin moeda de curso legal, a República Centro-Africana divulgou seu primeiro – e mais ambicioso – projeto, chamado Sango, que deve ser primeiro hub de criptomoedas africano e mundial, uma ilha com incentivos regulatórios para atrair empreendedores, investidores e entusiastas das criptomoedas.

Desenvolvido pelo parlamento do país, o projeto visa criar uma zona econômica livre de impostos, no coração da África, para atrair talentos, empreendedores e entusiastas de criptomoedas de todo o mundo e estimular o crescimento econômico.

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O projeto foi apresentado em um documento de 24 páginas, desenvolvido pela Assembleia Nacional do país e contou com o apoio do presidente Faustin-Archange Touadéra. Na manhã de quarta-feira (25), Touadéra publicou um comunicado de imprensa oficial informando que o projeto será lançado em breve.

O presidente da RCA não deu detalhes sobre quando o hub seria disponibilizado aos investidores e como sua agenda Bitcoin seria realizada. Entretanto, destacou que a nova iniciativa tem o potencial de remodelar seu sistema financeiro projetando novos caminhos fora da economia formal.

“A economia formal não é mais uma opção. Uma burocracia impenetrável está nos mantendo presos em sistemas que não dão chance de sermos competitivos.”

Projeto modelado para incentivar a inovação

De acordo com o documento de apresentação, os planos da RCA incluem a fundação de um Digital Nation Bank, a facilitação da compra de terrenos em Bitcoin e o desenvolvimento de uma carteira de criptomoedas. Também está no projeto a proposta de “apoiar totalmente” o acesso aos recursos naturais do país, como ouro, diamantes, urânio, lítio e petróleo.

Apresentação do Projeto Sango
Fonte: Documentação do Projeto Sango

A carteira será desenvolvida na camada 2 do Bitcoin, utilizando a rede Lightning, e será compatível com os pontos de vendas para que as empresas aceitem pagamentos em Bitcoin e apresentem um sistema de contabilidade integrado.

Outros incentivos previstos no projeto são um programa de residência eletrônica, cidadania por investimento, registro de negócios on-line e a não cobrança de impostos de renda e corporativo. As exchanges que operam no país também não pagarão impostos e uma diretriz legal vai garantir que as entidades governamentais reconheçam a identidade e a propriedade digital.

Metaverso e a nova realidade cripto

Na tentativa de desenvolver uma nação que tem um dos PIBs mais baixos, segundo dados do Banco Mundial, o Projeto Sango foi desenvolvido de forma ampla.

No intuito de aproveitar todas as possibilidades das novas tecnologias, um sistema de crowdfunding usando cripto, para projetos de infraestrutura, também está no projeto, assim como uma estrutura de tokenização para ativos e recursos.

Apresentação oficial do Projeto Sango
Fonte: Documentação do Projeto Sango

Além disso, a zona criptoeconômica que se vinculará ao metaverso representada pelo mundo real e incorporará funcionalidades como cunhagem e mercado de tokens não fungíveis (NFT).

O país planeja finalizar a interconexão de internet do Central African Backbone (CAB) e elaborar toda a estrutura jurídica até o final de 2022 para impulsionar a sua transformação digital.

Comunidade internacional se mantém cética

Em meio às conturbações econômicas mundiais, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem alertado as nações sobre os desafios de se adotar o Bitcoin como moeda legal.

A CAR é considerada um dos países mais pobres do mundo pelas Nações Unidas, ocupando a 188ª colocação, entre 189 países, no ranking da entidade, que mede o Índice de Desenvolvimento Humano com apenas 11% de sua população tendo acesso à internet e eletricidade.

Nem mesmo os alertas do FMI impediram o país de seguir o exemplo de El Salvador e se tornar o segundo país no mundo a adotar o Bitcoin como moeda legal. Pois os legisladores e seu presidente acreditam que a criptoeconomia pode ser capaz de estimular a recuperação do país que sofreu durante décadas com constantes guerras civis.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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