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MPRS denuncia grupo que operava esquema de pirâmide financeira com criptomoedas no RS

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Atualizado por Bruna Brambatti

EM RESUMO

  • MPRS denuncia quadrilha por esquema de pirâmide com criptomoedas no Vale dos Sinos.
  • Grupo alvo de denúncia enfrenta acusações por crimes como estelionato e lavagem de dinheiro.
  • Promessa de lucros irreais, eventos promocionais e falsas conexões políticas destacam estratégias fraudulentas do esquema.
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou quatro integrantes de uma empresa investigada por criar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas na região do Vale dos Sinos.

O grupo operava nas cidades de São Leopoldo e Campo Bom.

GAECO denuncia pirâmide financeira com criptomoedas

Conforme informações do MPRS, a quadrilha, cuja sede ficava em São Leopoldo, agiu entre maio de 2019 e outubro de 2020.

Os investigados são um operador técnico da empresa, uma sócia minoritária, o sócio-administrador da empresa e sua esposa. Esta última se apresentava como responsável financeira.

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A 1ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro do Rio Grande do Sul aceitou a denúncia. Portanto, os réus responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

“O MPRS tem que combater estes tipos de crimes e fraudes para preservar a crença das pessoas no sistema econômico. Estamos pedindo a condenação dos denunciados e a reparação do dano causado às vítimas”, disse o coordenador do 5º Núcleo Regional do GAECO-Serra, o promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes.

De acordo com Antunes, duas vítimas perderam R$ 780.000 e R$ 400.000 para o grupo, que lavou mais de R$ 335.000.

Esquema tradicional

Ainda conforme o GAECO, os suspeitos já foram alvos de outra operação do MPRS, a Bitstar, mas criaram uma segunda empresa depois disso.

O esquema, ele diz, operava como uma pirâmide financeira cripto tradicional. Os donos da empresa pegavam o dinheiro das vítimas e prometiam remunerações irreais, mesmo para o padrão do mercado cripto.

Eles eram de 10% para investimentos inferiores a R$ 100.000 e 12% para os superiores. E, como sempre, usavam o dinheiro de novas vítimas para pagar os dividendos das anteriores.

Para captar novas vítimas, o sócio-fundador dizia ter relações com uma família que teria vínculos com a política e meios de comunicação de fora do estado. Além disso, a empresa também promovia eventos chamados de “Bitconfra” e alegava que em breve se juntaria ao Parque Tecnológico da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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