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MP da Bahia está na cola de empresas do dono da Genbit: “Empreendimentos ilícitos”, diz órgão

2 mins
Atualizado por Lucas Gabriel Marins

EM RESUMO

  • MP da Bahia aciona empresas do dono da Genbit
  • Órgão diz que negócios fizeram falsas promessas
  • MP pede que empresas devolvam o dinheiro dos investidores
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Assim como o Ministério Público de São Paulo, o MP da Bahia também está na cola do fundador da Genbit, Nivaldo Gonzaga dos Santos. Nesta segunda-feira (19), o órgão informou que acionou três empresas fundadas por ele.
O MP citou a New Tiger Merchant Bank, a Gensa Serviços Digitais e a Zurich Capital Investimentos. Junto com a Genbit, elas fazem parte do suposto esquema criminoso montado por Gonzaga dos Santos. De acordo com a promotora de Justiça Joseane Suzart, o conglomerado atuou sem autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Além disso, não foi transparente com investidores e vendeu falsas promessas.

O que o MP da Bahia pede na ação?

Na ação, o MP da Bahia pede para as empresas pararem de ofertar contratos de investimento coletivo. Até o final do ano passado, o conglomerado vendia “pacotes financeiros” atrelados a supostos lucros de 15% ao mês. O órgão pede também para o grupo parar de movimentar o dinheiro captado de forma ilegal dos investidores. No processo, o MP da Bahia ainda exige que o grupo deixe de propagar a “falsa expectativa” de que é um negócio sólido e regular.
“Sob pena de caracterização da infração penal intitulada de oferta enganosa, determino que as empresas também não realizem ofertas de investimentos com base em criptomoedas, assegurando aos consumidores ganhos fraudulentos e inalcançáveis, gerando-lhes falsas expectativas e ocultando-lhes os riscos do empreendimento ilícito”, disse a promotora de Justiça.

Empresas devem pagar investidores, diz MP da Bahia

O Judiciário ainda não se manifestou sobre a ação. O MP da Bahia quer que, no final do processo, a Justiça condene o grupo a pagar indenizações aos investidores por prejuízos materiais e morais. Ademias, o órgão também solicita que as empresas devolvam o dinheiro dos consumidores que acreditaram nas falsas informações veiculadas. Vale lembrar que, segundo o MP de São Paulo, a dívida da Genbit e das outras empresas é de cerca de R$ 1 bilhão.

Histórico da Genbit

A Genbit e as outras empresas, sediadas em Campinas (SP), foram fundadas pelo empresário Nivaldo Gonzaga dos Santos em 2017. Desde setembro de 2019, no entanto, as empresas deixaram de liberar saques de dinheiro real para os investidores. Naquela mesma época, a Genbit informou que iria pagar os clientes com o TPK (Treep Token), uma criptomoeda criada pela própria empresa. A moeda, no entanto, não tem valor algum no mercado. A mudança unilateral na forma de pagamento deixou os investidores enfurecidos. Além de ser alvo das ações movidas pelos MP’s de São Paulo e da Bahia, a empresa responde a outros 700 processos individuais. Em um deles, a Justiça bloqueou os carros dos responsáveis pelo suposto esquema.  
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Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Já colaborei para diversos veículos, como Gazeta do Povo, Agência Estadual de Notícias (AEN) e Paraná Portal. Escrevo regularmente para o UOL e para outros portais especializados em criptoeconomia. Tive meu primeiro contato com o mercado de criptomoedas em meados de 2019, quando comecei a cobrir casos de golpes financeiros. No BeInCrypto, produzo e edito textos.
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