O Ministério Público do Estado de São Paulo entrou com uma ação pedindo o bloqueio de 800 milhões de reais em bens e ativos da Genbit.
Alguns dias depois de Nivaldo Gonzaga, dono da Genbit, fazer uma live no Instagram explicando o paradeiro do dinheiro investido por seus clientes e anunciando planos grandiosos para resolver o problema, o Ministério Público do Estado de São Paulo entrou com um pedido de tutela de urgência para bloquear o montante de 800 milhões de reais em bens e ativos da Genbit, Grupo Tree Part, seus sócios e outras empresas ligadas a Nivaldo Gonzaga.
O Processo
Inicialmente a ação civil pública movida pelo Ministério Público pedia o bloqueio de 1 bilhão de reais, porém o juiz responsável deferiu o bloqueio de somente R$ 800 milhões. Segundo ele, de acordo com uma estimativa feita, cada cliente deve ter aplicado em média R$ 20 mil no negócio. Um dos motivos, citado no processo, que viabilizou o deferimento da tutela de urgência foi o processo administrativo aberto pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que identificou que a empresa Gensa, por meio da Zero10 Club, oferecia valores mobiliários sem autorização e tinha um modelo de negócio com indícios de ser uma pirâmide financeira.
Tarde Demais?
Na decisão, o juiz pede que as criptomoedas dos réus sejam convertidas em dinheiro e que sejam depositadas nos autos em até 15 dias. Porém, na última sexta-feira, Nivaldo Gonzaga e seu advogado anunciaram, por meio de uma live no Instagram, que o dinheiro investido pelos clientes da Genbit foi transformado em Treep Token (TPK), ativos digitais criados pela Holding Tree Part. Essa nova criptomeda idealizada por Nivaldo não possui valor algum no mercado. Ainda não se sabe quantos clientes foram lesados pela Genbit e outras empresas do Grupo Tree Part, nem quantos bens e ativos as empresas e seus sócios possuem. Portanto não é certo que todas as pessoas que entraram com um pedido na justiça vão receber seu dinheiro de volta. Em seu website, o Grupo Tree Part comunicou que a justiça não acolheu a acusação de pirâmide econômica feita pelo Ministério Público e que as empresas do grupo se empenham em demonstrar a legalidade e a lisura do seu sistema de ativos digitais.
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Airí Chaves
Formada em marketing pela Universidade Estácio de Sá e com um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Já...
Formada em marketing pela Universidade Estácio de Sá e com um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Já...
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