Visando cortar custos, a Genesis dispensou 30% do seu quadro de funcionários, segundo fontes próximas da empresa.
A credora e corretora cripto segue buscando alternativas para superar sua crise de liquidez, instaurada após o colapso da FTX em novembro de 2022. Na quinta-feira (5), a Genesis Trading anunciou uma redução da sua força de trabalho.
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Apesar de não afirmar quantos colaboradores foram afetados, fontes internas disseram ao Decrypt que 30% do antigo quadro de funcionários haviam sido demitidos.
Lutando para sobreviver
Assim como a maioria das empresas do setor, a Genesis teve que lidar com os desafios que o inverno cripto trouxe em 2022. A situação piorou após o colapso da FTX, da qual a corretora tinha US$ 175 milhões depositados em uma conta da exchange.
De fato, o crash da exchange de Sam Bankman-Fried não demorou para contagiar o mercado, com outras empresas, como a BlockFi, seguindo o mesmo caminho. Todavia, a Genesis não se deu por vencida, mesmo precisando suspender os saques de seus clientes. Logo após sua crise vir a torna, um porta-voz da credora disse que um pedido de falência não estava em consideração.
No entanto, fontes anônimas afirmam que a companhia precisa de US$ 1 bilhão em capital para salvar suas operações. Enquanto não consegue este investimento, a corretora tem buscado reduzir os seus custos para se manter financeiramente saudável, como destacado no e-mail enviado ao Decrypt sobre as recentes demissões:
“Essas medidas fazem parte de nossos esforços contínuos para levar nossos negócios adiante. Agradecemos sinceramente o trabalho árduo de nossa talentosa e dedicada equipe enquanto continuamos a trabalhar para identificar o melhor resultado para os negócios, clientes e funcionários da Genesis a longo prazo.”
Como a Genesis pode impactar o mercado cripto?
Caso não consiga resolver seus problemas, um eventual colapso da Genesis pode trazer duras consequências para todo o mercado. Uma das companhias que seriam afetadas é a Gemini, exchange dos irmãos Winklevoss.
A Genesis deve à Gemini US$ 900 milhões, oriundos de um empréstimo feito com os fundos dos clientes da exchange que aderiram ao seu programa de rendimentos. Com as suspensão de saques da corretora, a exchange está impossibilitada de pagar os retornos prometidos ou devolver os montantes, o que rendeu um processo contra Tyler e Cameron Winklevoss.
Os problemas das duas empresas podem prejudicar ainda mais a reputação do mercado cripto, visto que os irmãos Winklevoss são um dos mais conhecidos entusiastas e detentores de Bitcoin (BTC). A perpetuação da crise atual ainda pode dar mais munição para os reguladores dos Estados Unidos numa possível repressão a indústria, visto que a Gemini possui boa parte dos seus clientes e operações no país.
No entanto, o maior fato de risco envolve a DCG, empresa controladora da Genesis. Em carta aberta, Cameron acusa o CEO da companhia, Barry Silbert, de estar conduzindo o impasse entre a Genesis e a Gemini com má fé.
Caso a DCG seja obrigada a pagar os credores da Genesis, ela pode se ver forçada a liquidar suas participações nos produtos da Grayscale, grande gestora de fundos cripto que também está em crise. Com isso, diversas criptomoedas podem sofrer grandes quedas de preço.
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