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Banco Central: Decisão na Próxima Semana Pode Animar Mercados, diz Pablo Spyer

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Analistas preveem novo corte na taxa de juros
  • Mercados devem reagir positivamente se isso for confirmado
  • Dólar, no entanto, voltaria a subir
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A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para a próxima semana, poderá agitar os mercados. Há expectativa de que o grupo decida por cortar 50 pontos-base na taxa básica de juros. Se o corte da Selic ocorrer como previsto, os operadores deverão mostrar otimismo.
Pablo Spyer, diretor da MIRAE ASSET, aponta que o mercado considera 67% de chances de haver corte nesse patamar. Para ele, o movimento, se for confirmado, estará ligado a uma expectativa de retomada das reformas após a pandemia.
Se o Banco Central cortar os juros, ele mostra [que o governo merece] um voto de confiança de que as reformas, que foram paradas quando começou a crise, vão voltar como estavam sendo tocadas antes. Como se tivesse tido um gap temporal.
Por outro lado, o economista projeta uma recepção potencialmente negativa dos operadores caso o Banco Central não anuncie o corte esperado.
Se o Banco Central não cortar os 50 bps, talvez os agentes dos mercados tenham que reavaliar as suas projeções.

Banco Central não vê impacto na inflação

A probabilidade de corte dos juros está atrelada à ideia de que a alta do dólar não está sendo transferida para a inflação. Com o cenário de pandemia e a paralisação da economia, analistas estimam que há espaço para redução ainda maior da Selic. O movimento é similar em outros países que buscam por alternativas ao estímulo da economia. Nos EUA, o Federal Reserve manteve a taxa básica de juros americana em 0%. Além disso, mantém o pacote de injeção de dólares para conservar mínimos sinais vitais na atividade econômica. O Brasil pode caminhar para uma estratégia parecida. Além do esperado novo corte na Selic, o ministro Paulo Guedes já admitiu que passou a ver com bons olhos a política de emissão de moeda para conter a crise.

Queda da renda fixa, aumento do dólar

Apesar de poupar a inflação, o corte da Selic pelo BC deverá encarecer o dólar mais uma vez. A moeda americana vem de queda nos últimos dias depois de subir fortemente em meio à crise política. Na visão do mercado, Guedes saiu fortalecido. No entanto, os juros baixos devem provocar ainda mais debandada da renda fixa brasileira. Com a saída de capital estrangeiro, a tendência é que o dólar volte a subir. O movimento pode começar já na segunda-feira (4), em meio às expectativas para a reunião do Copom. O evento está marcado para quarta-feira (6) após o fechamento do mercado. Para manter-se informado, tendo a sua disposição conteúdo constante e de qualidade, não deixe de acompanhar nosso site. Aproveite e faça parte da nossa página de criptomoedas no Twitter.
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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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