A parceria da Strike com a Shopify, Blackhawk Network e NCR permitirá que as pessoas utilizem o Bitcoin (BTC) de forma mais convencional ao redor do mundo.
No dia 7 de abril, durante a Bitcoin Conference 2022, foi anunciada uma das maiores parcerias entre empresas de varejo que promete abrir as portas do Bitcoin para bilhões de novos usuários. A rede de pagamentos Strike anunciou integrações com Shopify, processador alternativo de pagamentos Blackhawk Network e provedor de ponto de venda NCR, tornando mais fácil para os comerciantes globais aceitar pagamentos na criptomoeda.
SponsoredA Lightning Network, solução de segunda camada construída na blockchain do Bitcoin, converterá os pagamentos em BTC para dólares rapidamente, livrando os comerciantes das complexidades associadas ao ativo cripto.
O CEO da Strike, Jack Mallers, explicou que qualquer site que use transações de cartão online do Shopify poderá usar a Lightning Network para pagamentos em BTC. O serviço estará disponível para qualquer pessoa com uma carteira habilitada para a rede, fazendo com que a Shopify atinja mercados globais anteriormente inexplorados, além de economizar dinheiro com processamento de pagamentos de baixo custo.
Como resultado da parceria, as empresas acreditam que o aumento do uso da Lightning Network acelerará o processo de adoção de criptomoedas, à medida que a integração da Strike se expanda também para varejistas offline como Walmart e McDonald’s. Isso pode impulsionar a adoção do Bitcoin a níveis sem precedentes e reduzir a volatilidade no preço da principal moeda digital.
A previsão é que mais de 400.000 lojas agora aceitarão Bitcoin através da Lightning Network e qualquer comerciante será bem-vindo a aderir à iniciativa. Durante o anuncio, Mallers exibiu um vídeo seu fazendo compras em uma mercearia de Chicago e realizando o pagamento em BTC de forma rápida e fácil.
No final de março à um podcast ele comentou que sua prioridade nos últimos meses tem sido atrair mais comerciantes para a indústria cripto. O horizonte parece promissor com estimativa de milhões de lojas nos EUA aceitando Bitcoin em breve, e a expectativa de outros países adotarem o sistema, se bem sucedido, logo em seguida.
Bitcoin, inflação e recessão
SponsoredMallers observou que as instituições financeiras têm sido inadequadas para atender às necessidades de uma população cada vez mais digital – e agora estão “pagando o preço por essa negligência” – pois não houve inovação nos sistemas de pagamento desde 1949.
Ele acredita que o lançamento desse sistema de pagamento pode revolucionar e interromper o monopólio das redes tradicionais de cartão de crédito bem estabelecidas, como Visa e MasterCard, reorganizando a ordem financeira mundial, pois será um sistema de pagamento final em dinheiro aberto e global.
“Qualquer comerciante online que usa Shopify pode aceitar pagamentos sem a rede boomer de 1949, receber instantaneamente, dinheiro final sem intermediário, sem taxa de três por cento.”
Especialistas acreditam que o impacto deste anúncio pode ser mais amplo. Eles confiam que ao estabelecer um novo sistema de pagamentos sem os intermediários tradicionais, isso geraria redução de custos para o consumidor impactando diretamente nos níveis de inflação, podendo até mesmo evitar uma recessão na economia dos EUA.
Os exemplos recentes demonstram como a adoção de criptomoedas impulsionou a economia da Argentina, que adotou o sistema de pagamentos Lightning da Strike e viu seu PIB aumentar 10,3% em 2021 – o maior aumento desde 2004. Já El Salvador, que recentemente adotou o Bitcoin como moeda legal com a ajuda da Strike, viu seu PIB crescer dois dígitos pela primeira vez.
Ao final, Mallers apontou que está trabalhando com a senadora americana Cynthia Lummis na concepção de uma legislação amigável às criptomoedas nos EUA.
“O anúncio da Strike é uma contribuição valiosa para trazer o sistema financeiro para o século 21. Estou colaborando na construção de uma legislação inteligente para que o mercado de ativos digitais e inovações como essa possam ser integradas ao setor de serviços financeiros dos EUA. Ao fazer isso, podemos proteger os consumidores e capacitar indivíduos e pequenas empresas, incentivando a inovação responsável”, finalizou.