Confiável

Queda do mercado cripto prejudica programa nuclear da Coreia do Norte

2 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Resumo

  • Governo da Coreia do Norte tem obtido grandes receitas nos últimos anos em ativididades ilegais relacionadas a criptomoedas.
  • País chegou a acumular bilhões de dólares em ativos cripto roubados.
  • Queda do mercado reduziu significamente esses valores, prejudicando o financiamento do seu programa de armas nucleares.
  • promo

As criptomoedas em posse do governo da Coreia do Norte caíram substancialmente de valor, prejudicando o financiamento de seu programa de armas nucleares.

Considerado um dos países mais fechados do mundo, é difícil estipular qual o grau de envolvimento da Coreia do Norte no mercado cripto. Porém, tudo indica que a nação comandada por Kim Jong-un tem sido bastante atuante nesta indústria nos últimos anos.

  • Não entendeu algum termo do universo Web3? Confira no nosso Glossário!
  • Quer se manter atualizado em tudo o que é relevante no mundo cripto? O BeInCrypto tem uma comunidade no Telegram em que você pode ler em primeira mão as notícias relevantes e conversar com outros entusiastas em criptomoedas. Confira!
  • Você também pode se juntar a nossas comunidades no Twitter (X)Instagram e Facebook.

Todavia, ao contrário de El Salvador e outros países que têm realizados investimentos legais neste meio, o governo norte-coreano está envolvido em diversas atividades ilícitas.

Coreia do Norte: o maio vilão do mercado cripto

A Coreia do Norte tem sido associada a diversos ataques hackers ocorridos na indústria cripto nos últimos anos, inclusive no Brasil. O mais emblemático foi o feito na Ronin, sidechain do Axie Infinity, onde cerca de US$ 600 milhões foram drenados pelos invasores em março deste ano.

Além de protocolos, exchanges também estão constantemente no radar dos grupos hackers do país asiático. Para especialistas, Kim Jong-un e seus cúmplices têm se especializado nessas atividades ilegais para contornar as sanções econômicas impostas por outros países e conseguir novas fontes de receita.

Em fevereiro deste ano, a ONU havia alertado que as criptomoedas roubadas por grupos da Coreia do Norte estavam sendo usadas para financiar o seu programa de misseis nucleares. Dois meses depois, Eric Penton-Voak, do Painel de Especialistas do Conselho de Segurança da organização, disse que esses hacks haviam sido fundamentais para a manutenção da economia do país, destacando que “a RPDC [República Popular Democrática da Coreia] é inovadora na busca de novas fontes de renda ilícita”.

Queda do mercado prejudica planos do país

Saber com exatidão qual o montante de criptomoedas em posse da Coreia do Norte é uma tarefa praticamente impossível. De acordo com a mídia da Coreia do Sul, este valor seria de aproximadamente US$ 1,7 bilhão no final do ano passado – antes do grande hack visto na rede Ronin.

Porém, é possível afirmar que as quedas que o mercado cripto tem sofrido desde então com certeza afetaram os balanços financeiros do país. Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), por exemplo, estão atualmente 70% e 77% abaixo das suas máximas históricas de preço, respectivamente.

Segundo Nick Carlsen, analista da TRM Labs, a quantia roubada da sidechain do Axie Inifnity hoje vale cerca de US$ 230 milhões. Ou seja, ao não vender todos os ativos roubados logo após esse hack, o governo norte-coreano deixou de lucrar aproximadamente US$ 400 milhões.

Vale destacar que o papel de agências de segurança, que conseguem rastrear transações da blockchain, tem sido fundamental para que o país não consiga “lavar” todos os ativos cripto roubados.

Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

4d198a1c7664cbf9005dfd7c70702e03.png
Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
LER BIO COMPLETA
Patrocionado
Patrocionado