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Protocolo Taro vai ‘Bitcoinizar o dólar’, diz Lightning Lab

4 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Protocolo promete facilitar a implementação de stablecoins na rede Bitcoin
  • “Este novo protocolo consolida o bitcoin como dinheiro digital”, diz CEO da Lightning Labs.
  • “Taro marca a grande mudança para uma Lightning Network multiativos”, diz Ryan Gentry.
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O líder de desenvolvimento de negócios da Lightning Labs, Ryan Gentry, anunciou o Taro, um novo protocolo de emissão de ativos do Bitcoin (BTC) compatível com a atualização Taproot.

Segundo Gentry, os ativo poderão ser transferidos pela rede Lightning em transações instantâneas de alto volume e baixas taxas. O desenvolvedor, que chegou ao Lightning Labs em julho de 2020, disse que:

“O anúncio do Taro marca a grande mudança para uma Lightning Network multiativos com o potencial das moedas fiduciárias do mundo utilizarem a liquidez do Bitcoin na rede. O protocolo explora o melhor de cada camada, a segurança e a estabilidade da rede Bitcoin e a velocidade, escalabilidade e baixas taxas da Lightning”.

No Twitter, ele disse estar ”orgulhoso por fazer parte da equipe” e estar “ansioso para iniciar os trabalhos”.

No mesmo dia, a CEO da Lightning Labs, Elizabeth Stark, publicou o anúncio da captação de US$ 70 milhões em financiamento da Série B por investidores, dentre os quais Valor, Baillie Gifford, Goldcrest, Kingsway, Stillmark, Brevan Howard, NYDIG, M13, Craft dentre outros.

Stark explicou a funcionalidade do Taro para os desenvolvedores, que serão capazes de emitir ativos na blockchain do Bitcoin e movê-los para a rede Lightning, aproveitando a velocidade e escalabilidade, fazendo uso da liquidez do BTC “garantindo a interoperabilidade entre os ativos”. As transações relâmpago no protocolo viajam pelo próprio Bitcoin, e os ativos são visíveis apenas nas bordas.

Bitcoinização do dólar

A chegada do protocolo promete entregar uma ferramenta amigável para a implementação de moedas fiduciárias diretamente na rede Bitcoin. Ryan Gentry diz que a Lightning Labs enxerga o Taro como “um passo importante na bitcoinização do dólar”, agregando o melhor dos dois mundos:

  1. Emitir ativos como stablecoins no blockchain do Bitcoin, considerado mais descentralizado e seguro;
  2. Permitir que os usuários façam transações na mais rede Lightning.

A empresa confia que a utilização da liquidez do Bitcoin para rotear ativos emitidos no protocolo proporcionará maior demanda por Bitcoin na rede Lightning e o Bitcoin roteará dólares, moeda fiduciária e mais.

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“É assim que bitcoinizamos o dólar. Ativos como stablecoins serão roteados pela rede monetária bitcoin usando o Lightning. Este novo protocolo consolida o bitcoin como dinheiro digital nativo da Internet e protocolo para transferência de valor.”, complementa Stark.

O efeito Taproot

O Taproot é a maior e mais relevante atualização ocorrida na rede Bitcoin desde 2017. Em junho de 2021, mais de 90% dos mineradores apoiaram a atualização que foi ativada em novembro do mesmo ano.

A atualização proporcionou a melhoria no desenvolvimento dos contratos inteligentes na rede Bitcoin, redução no custo de dados e transações e maior privacidade ao igualar contratos complexos e multi-assinaturas a qualquer transação Bitcoin padrão.

Gentry reconhece que o protocolo só é possível devido a atualização:

“[Ele] depende do Taproot, que possibilita uma nova estrutura de árvore e permite aos desenvolvedores incorporar metadados de ativos arbitrários em uma saída existente. Ele utiliza assinaturas Schnorr para melhorar a simplicidade e escalabilidade e, mais importante, funciona com transações multi-hop no Lightning.”

E ressalta a preocupação com o constante desenvolvimento do protocolo:

“Lançamos uma série de propostas de melhoria do Taro Bitcoin (BIPs) para feedback e comentários da comunidade de desenvolvedores, pois é um protocolo aberto para a comunidade adotar”.

Na visão de Elizabeth Stark, o protocolo não apenas utilizará as vantagens da rede Bitcoin, mas também entregará benefícios alavancando a inserção de pessoas na rede através de moedas fiat:

“Com essa tecnologia, você pode rotear todas as moedas do mundo através do Bitcoin. As pessoas poderão alternar perfeitamente entre Bitcoin e, digamos, uma stablecoin USD, ou peso, euro, iene, etc. E eles podem enviá-los globalmente, instantaneamente e com taxas extremamente baixas. Isso é particularmente útil em um ambiente de alta inflação, pois muitas pessoas ao redor do mundo vivem em economias onde suas moedas estão continuamente perdendo valor”.

Na avaliação de Gentry, Taro irá expandir o alcance da rede Lightning como um todo, e além de trazer mais usuários para a rede, irá gerar mais volume e liquidez em Bitcoin permitindo que as pessoas transacionem facilmente fiat para Bitcoin em seu aplicativo.

“Consequentemente, um maior volume de rede significa mais taxas de roteamento para operadores de nós que verão os benefícios de uma Lightning Network de multiativos sem precisar oferecer suporte a ativos adicionais.”

Lightning Labs

A Lightning Labs, fundada em 2016 por Elizabeth Stark (CEO) e Olaoluwa Osuntokun (CTO), é uma startup de blockchain que tem o objetivo de levar o Bitcoin às massas apoiando o crescimento da rede Lightning.

Stark destacou que o objetivo central do projeto, que está em desenvolvimento, continua intacto:

“Um dos nossos princípios no Lightning Labs é resolver problemas reais para pessoas reais. Conversamos com inúmeros membros da comunidade em mercados emergentes que nos falaram sobre a grande diferença que faria em suas economias ter stablecoins na rede Bitcoin e na Lightning. Esta tecnologia tem a capacidade de potencializar uma série de oportunidades nesses mercados”.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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