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Programador na Alemanha pode perder US$ 200 milhões em Bitcoin se não recuperar suas chaves

3 mins
Por David Thomas
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Stefan Thomas corre o risco de perder 7.002 Bitcoins (BTC), no valor de US$ 220 milhões, após esquecer a senha de seu disco rígido criptografado.
  • A Chainalysis estima que cerca de quatro dos 18,5 milhões de BTC em circulação estão perdidos para sempre.
  • Carteiras de contratos inteligentes podem substituir a necessidade de armazenamento físico seguro, armazenando e personalizando funções de chave privada.
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O programador Stefan Thomas, da Alemanha, tem apenas mais duas tentativas de senha restantes antes de perder as chaves dos 7.002 Bitcoins (BTC) que ganhou ao criar um pequeno vídeo de animação em 2011. Ele trancou as chaves da criptografia em um disco rígido, também criptografado, mas esqueceu a senha.

Se suas tentativas restantes não forem bem-sucedidas, Thomas perderá US$ 220 milhões, no preço atual do BTC. O programador também não poderia vender durante o mercado de alta de 2021, que teria avaliado suas participações em cerca de US$ 500 milhões.

Leia mais: Bitcoin e mais 3 criptomoedas que podem atingir novos recordes em maio

Histórias de chaves perdidas podem assustar novatos

Thomas não é o único a perder o acesso a suas criptomoedas dessa maneira. A empresa de análise de blockchain Chainalysis estima que 20% dos 18,5 milhões de BTC em circulação está perdido em carteiras ociosas.

Conforme a empresa, cerca de 3,8 milhões de BTC foram perdidos.

Fonte: Fortuna

Um único Bitcoin não tem expressão física, apesar de seu nome sugerir uma associação com uma cunhagem. Em vez disso, ele é uma cadeia de assinaturas digitais que autoriza vários pagamentos que eventualmente somam um Bitcoin.

Fonte: White Paper do Bitcoin

Um usuário de Bitcoin deve assinar cada pagamento com uma chave privada, essencialmente uma sequência de números e letras. Os participantes da rede interessados usam uma chave pública para confirmar que o gastador tem dinheiro suficiente para uma transação.

Um dos casos mais notórios de Bitcoins perdidos ocorreu antes do colapso da exchange japonesa Mt. Gox. Em outubro de 2011, cerca de 2.609 BTC (cerca de US$ 76 milhões na cotação atual) foram enviados para endereços inválidos por meio de 20 transações.

Em seguida, em 2022, o The Verge relatou que os engenheiros da Poloniex reuniram 300 BTC depositados acidentalmente em suas carteiras de Tether. O software arcaico da exchange manteve o Bitcoin mal direcionado escondido em fendas invisíveis para a interface do usuário.

Mesmo os melhores investidores não conseguem proteger suas chaves

A custódia segura de chaves privadas é essencial para gastar criptomoedas. Se você perder sua chave, perderá o acesso a elas.

De acordo com o fundador de uma startup que ajuda as pessoas a recuperar suas criptomoedas, Diogo Monica, até os melhores investidores são ruins em proteger suas chaves.

“Mesmo investidores sofisticados têm sido completamente incapazes de fazer qualquer tipo de gerenciamento de chaves privadas”.

Empresas como a Gemini, a Coinbase e a maioria das outras grandes exchanges armazenam chaves em instalações com segurança de nível institucional. Os obstinados em cripto defendem a manutenção de backups em papel em locais físicos imunes a roubo.

Uma solução mais inovadora ainda envolve colocar o endereço cripto de um usuário em um contrato inteligente que abstrai as complexidades do gerenciamento de chaves. Além de armazenar e gerenciar uma chave privada, um contrato inteligente pode armazenar sequências de transações para negociações complexas e permitir o compartilhamento de credenciais de blockchain com partes confiáveis.

Além disso, um usuário pode criar chaves de backup que autorizam a criação de uma nova chave caso perca a original. De acordo com a empresa de jogos Web3 Cometh, a abstração de contas substitui o armazenamento de chaves em locais físicos inseguros ou com um sistema de gerenciamento de chaves.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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