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PF caça quadrilha que roubou R$ 18 milhões de prefeituras e converteu em criptomoedas

2 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Polícia Federal deflagra Operação Dois Fatores em cinco estados e no DF.
  • PF cumpre mandados contra quadrilha que teria desviado R$ 18 milhões de diversas prefeituras.
  • Parte do dinheiro teria sido convertido em criptomoedas.
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A Polícia Federal saiu às ruas na manhã desta quarta-feira (16) para cumprir mandados contra uma quadrilha que teria fraudado prefeituras.

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (16), a Operação Dois Fatores, que visa apurar crimes envolvendo o roubo de valores de contas bancárias de prefeituras municipais. Segundo a PF, uma quadrilha teria convertido parte do dinheiro em criptomoedas.

70 policiais federais cumprem 28 mandados judiciais, sendo 11 de prisão e 17 de busca e apreensão. As ações ocorrem em Goiás, Pará, São Paulo, Maranhão, Bahia e Distrito Federal.

A investigação apura a ação de uma quadrilha que teria invadido o internet banking de diversas prefeituras e realizado saques não autorizados. As fraudes eletrônicas teriam ocorrido em contas da Caixa Econômica Federal.

A própria Caixa fez a denúncia que deu início às investigações. Segundo o banco público, os criminosos teriam feito retiradas de até R$ 2 milhões em poucas horas de ataque à conta bancária da Prefeitura de Pontes e Lacerda, no Mato Grosso.

Em somente quatro dias, o prejuízo a todas as prefeituras atacadas teria sido superior a R$ 18 milhões. A fraude contra as prefeituras causou, por exemplo, desde atraso dos salários de servidores até a falta de pagamento de fornecedores. A PF não divulgou a lista de prefeituras atacadas.

A operação tem o objetivo de prender os criminosos e obter provas da atuação fraudulenta. Além disso, os policiais visam confiscar os valores roubados, inclusive os que os criminosos converteram em criptomoedas.

Quadrilha agiu em conluio com hackers e funcionários de operadoras de telefonia, diz PF

Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa agiu em conjunto com hackers e funcionários de operadoras de telefonia por todo o país. Dessa forma, juntos, eles visavam atacar servidores do primeiro escalão das prefeituras. Em seguida, eles acessavam contas por meio de fraude do mecanismo de autenticação em duas etapas. Daí o nome da operação.

A PF não chegou a detalhar a tática utilizada pelos criminosos. No entanto, a participação de funcionários de operadoras indica uma possível interceptação do SMS com o código secundário que permitiria o acesso à conta bancária da prefeitura.

hacker criptomoedas

Com o dado em mãos, portanto, a quadrilha podia entrar no internet banking e fazer transações para contas de terceiros. A partir daí eles desviavam o dinheiro de várias formas, como pagamento de boletos e a conversão em criptomoedas. A PF não chegou a informar quais exchanges teriam sido utilizadas para viabilizar o esquema.

As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Cáceres/MT. Os investigados respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático mediante fraude furto qualificado.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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