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FTX deve dinheiro a bancos paralelos do mercado cripto

3 mins
Por David Thomas
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Nova lista de credores revela que FEX deve dinheiro à BlockFi e à Genesis.
  • Ambos eram bancos paralelos, envolvidos no financiamento de empreendimentos cripto.
  • Colapso do Genesis significa a eliminação da maior parte do contágio de crédito cripto, diz analista.
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A história das finanças tradicionais e os comentários da indústria cripto sugerem que as criptomoedas serão mais propensas a fatores macroeconômicos em 2023, mesmo que os riscos de contágio de crédito dos bancos paralelos na lista de credores mais recente da FTX diminuam.

De acordo com um processo judicial, a FTX deve dinheiro aos credores BlockFi e Genesis Global Capital, que atuaram como bancos paralelos para a indústria de criptomoedas nos últimos anos.

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Matriz de credores da FTX revela dívidas misteriosas aos reguladores

A nova matriz de credores aponta que a FTX deve dinheiro ao regulador suíço FINMA, à Rede de Execução de Crimes Financeiros dos EUA e à ex-rival Binance. Segundo a Reuters, a FINMA não conseguiu explicar sua inclusão na lista, pois não tinha negócios com a FTX. A matriz não revelou os valores devidos.

A lista de credores da FTX também inclui a Genesis Global Capital, um credor cripto que emprestou dinheiro a empresas durante os mercados de alta anteriores. A Genesis há pouco tempo entrou com pedido de falência depois que seus credores não conseguiram pagar suas dívidas, afetados pela queda nos preços de criptomoedas em 2022.

A FTX entrou com pedido de falência no dia 11 de novembro de 2022, depois que um balanço vazado de seu criador de mercado Alameda Research revelou grandes participações sem liquidez do token FTT.

Essa revelação fez com que o CEO da Binance, Changpeng Zhao, ordenasse a liquidação do FTT da Binance, levando à queda do token e a uma corrida ao banco na FTX.

No início de janeiro, o juiz de falências da exchange, John Dorsey, concordou em selar os nomes de quase 10 milhões de clientes da FTX cujos fundos foram congelados.

A FTX revelou que deve cerca de US$ 3,1 bilhões a seus 50 principais credores. Seu novo CEO, John J. Ray III, considerou reiniciar a exchange para reembolsar os credores antes do processo de falência.

Falência da Genesis pode ser o fim dos bancos paralelos?

Quase-bancos como a Genesis tomavam emprestado e emprestavam dinheiro sem licenças bancárias tradicionais, muitas vezes usando criptomoedas ou outros ativos ilíquidos como garantia.

Esses bancos paralelos emprestaram dinheiro para fundos de hedge cripto como a Alameda Research e a Three Arrows Capital, muitas vezes aceitando criptomoedas como garantia. O credor de criptomoedas Celsius pode ter usado essa garantia para empréstimos adicionais, enquanto pedia apenas uma relação entre empréstimo e valor de 50%.

No entanto, os credores cripto não tinham reservas de capital suficientes. Portanto, eles logo tiveram problemas quando os devedores foram afetados pela crise cripto de 2022. O valor das garantias também caiu, resultando em liquidações menores.

O balanço da Genesis teve um buraco de US$ 1,2 bilhão depois de liquidar um empréstimo feito à Three Arrows Capital. Por sua vez, a FTX entrou com pedido de falência depois que as garantias de vários empréstimos para a Alameda Research depreciaram.

Macroeconomia influenciará criptomoedas em 2023

Após a crise financeira de 2008, o governo dos EUA introduziu regulamentações adicionais para proteger a economia dos empréstimos arriscados dos bancos paralelos.

Em um episódio do podcast Bankless, o capitalista de risco Vance Spencer falou sobre os pedidos de falência que culminaram no colapso da Genesis. De acordo com ele, isso significa que a maior parte do contágio de crédito do mercado perpetuado por bancos paralelos foi eliminado da indústria cripto.

Salvo outro evento, ele acredita as condições macroeconômicas vigentes em 2023 vão impulsionar os preços das criptomoedas.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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