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Ferramenta de IA promete melhorar a qualidade de vídeos no YouTube

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Atualizado por Thiago Barboza

Os recursos de Inteligência Artificial (IA) estão se espalhando para um número cada vez maior de áreas. Uma delas é melhorar vídeos de publicidade no YouTube.

A ideia é simples: usar modelos de linguagem grande (LLM) para analisar peças publicitárias e descobrir quais são os pontos que chamam mais atenção e os que precisam de melhoras.

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Publicidade e tecnologia

Uma das dificuldades eternas da publicidade é descobrir uma forma de maximizar o retorno de campanhas. E, nesse quesito, o marketing digital se tornou uma excelente fonte de dados.

Não à toa, o Google Ads – a ferramenta de anúncios mais popular do setor – cresce a cada ano. O lucro da plataforma cresce cerca de 6% ao ano, conforme dados de sua empresa-mãe Alphabet.

A publicidade digital tem vantagens importantes em relação à sua contraparte analógica: ela permite coletar dados de como o usuário se comporta ao assistir a um vídeo ou receber um anúncio estático.

Ele pulou imediatamente? Assistiu até a metade? Clicou em um link de call-to-action (CTA)? Criadores sabem de tudo isso.

Mas a maior vantagem das empresas de publicidade é o imenso banco de dados com o perfil de consumidores. Uma agência não precisa mais atirar no escuro e criar um vídeo sem saber se ele será visto por seu público-alvo.

Agora, uma publicidade de automóveis será servida a quem se interessa por automóveis. Não quer saber de games? Esses anúncios nunca serão exibidos para você.

Além disso, a forma de captar dados e montar perfis de publicidade vai além de monitorar o usuário quando ele assiste a uma propaganda. Levante a mão quem nunca conversou sobre um assunto aleatório e, em seguida, passou a receber anúncios relacionados em seus apps.

E a IA?

Mas os profissionais de marketing não estão satisfeitos. Eles acreditam (e com razão) que a tecnologia os pode ajudar a criar peças melhores.

É por isso que, ano após ano, surgem novas ferramentas de análise, ou mesmo captura, de dados. Uma delas, por exemplo, é a tecnologia de rastrear o movimento dos olhos do usuário. Com isso, profissionais podem descobrir quais partes de um anúncio chamaram mais atenção e quais distraem mais.

O problema dessa tecnologia é que ela é cara e difícil de usar. Além disso, podem resultar em problemas legais.

No Brasil, por exemplo, ela pode entrar em conflito com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), alerta o especialista em Segurança da Informação e executivo da Rainforest Technologies, Bruno Baldo. Ele cita, especificamente, os artigos 7, 11, 18 e 19 da lei.

“Usar câmeras para monitorar a retina de um usuário sem consentimento adequado e proteção de dados seria uma clara violação da LGPD, comprometendo a privacidade e os direitos dos indivíduos”, diz.

E é aí que as novas ferramentas de IA entram no jogo.

Um exemplo é o Jumbi.ai. O site foi desenvolvido para analisar propagandas de YouTube e identificar seus pontos fortes e fracos com IA.

Ele faz isso usando a tecnologia de rastreamento de olhos. Mas, em vez de mostrar o vídeo para uma audiência humana, quem o assiste é um modelo de linguagem treinado com dados de neurociência.

O resultado é um mapa de calor que pretende responder a três questões diferentes: atenção à marca, facilidade cognitiva e impacto da marca. O sistema dá uma nota para o vídeo, e mostra quais são os pontos fortes e quais precisam ser mudados.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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