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Exchanges descentralizadas em crise? DEXs lutam para acompanhar evolução do mercado

3 mins
Por Shraddha Sharma
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • As exchanges descentralizadas estão testemunhando um declínio na participação de mercado, com os volumes mensais de negociação à vista caindo.
  • Desafios como interfaces de usuário complexas e velocidades de transação mais lentas impedem o crescimento das DEXs.
  • DEXs têm visto um aumento de usuários ativos desde falências de alto nível e ações judiciais contra exchanges.
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As exchanges e plataformas cripto descentralizadas, que surgiram como uma força disruptiva sem intermediários, estão experimentando uma queda de participação no mercado. Relatórios recentes descobriram que as DEXs operando em contratos inteligentes podem estar sendo afetados por causa de sua interface de usuário e problemas de compliance.

As plataformas de negociação ponto a ponto tornaram-se uma alternativa viável às exchanges centralizadas após colapsos de alto nível no mercado, como o crash da FTX.

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Interesse em DEX após o colapso da FTX

Uniswap, PancakeSwap, Balancer e dYdX são algumas das principais DEXs em valor total bloqueado, de acordo com o DeFiLlama. A Uniswap tem uma taxa de dominância de cerca de 60%. O colapso de uma das maiores exchanges centralizadas, a FTX, deu mais impulso a essas plataformas.

Os dados da Kaiko descobriram que os volumes mensais de negociação à vista diminuíram substancialmente. Os volumes de DEX caíram 76% para US$ 21 bilhões em junho deste ano em relação a janeiro. Em contrapartida, as exchanges centralizadas registraram queda de 69%, mantendo um volume expressivo de US$ 429 bilhões.

A participação de mercado das plataformas de ativos digitais ponto a ponto diminuiu para 5%, de um pico de 7% alcançado em março com base nos dados da Kaiko. Enquanto isso, os proponentes das criptomoedas defendem a autocustódia, já que a confiança em entidades centralizadas é corroída pelas falências das plataformas.

Obstáculos para as plataformas descentralizadas

Embora as plataformas descentralizadas tenham conquistado um nicho de seguidores, elas têm deficiências. Problemas como interfaces de usuário complexas, velocidades de transação mais lentas e liquidez mais baixa do que as plataformas centralizadas mantêm os usuários afastados. E com o cenário regulatório em evolução, os participantes do setor observam que a compliance tem sido um problema.

Consequentemente, os especialistas disseram que muitos investidores institucionais achavam impraticável negociar em plataformas ponto a ponto. Isso porque eles preferem a eficiência e a regulamentação oferecidas por grandes plataformas como a Binance.

Notavelmente, a Uniswap v3 baseado em Ethereum experimentou quase o dobro dos volumes de negociação horas após o processo da SEC dos EUA contra a Binance. A Uniswap, a maior DEX do mercado, expandiu sua presença para a rede Avalanche. Atualmente, seu token nativo UNI é negociado perto de US$ 6.

Exchanges descentralizadas em crise? DEXs lutam para acompanhar evolução do mercado

A Uniswap Labs, empresa responsável pela principal exchange descentralizada no espaço DeFi, anunciou recentemente o lançamento de seu segundo maior produto. Batizado de UniswapX, o novo protocolo é uma plataforma de agregação que permite que entidades terceirizadas executem as negociações dos usuários com os preços mais favoráveis. Com esse desenvolvimento, a Uniswap continua a ultrapassar os limites das DEXs.

Exchanges descentralizadas em crise? DEXs lutam para acompanhar evolução do mercado
Fonte: Token Terminal

Com base nos números do Token Terminal, o valor de mercado total circulante nas exchanges descentralizadas está próximo de US$ 8,4 bilhões. O volume total de negociações nos gráficos diários atingiu 22% e está próximo de US$ 748 milhões.

Apesar de suas dificuldades com os volumes, as DEXs vem experimentando um aumento constante de usuários ativos mensais desde 2020.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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