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Desenvolvedor do Bitcoin(BTC) quer bloquear Ordinals na blockchain

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Atualizado por Thiago Barboza

Um desenvolvedor do Bitcoin(BTC) propôs bloquear novas inscrições de Ordinals na blockchain. A comunidade, entretanto, rejeitou a proposta.

O objetivo era evitar que a rede fosse usada para algo além de processar transações financeiras. Com isso, se encerraria um debate que começou desde a criação da tecnologia de inscrição sobre para que, afinal, serve a blockchain.

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Desenvolvedor quer bloquear Ordinals no Bitcoin

O desenvolvedor Luke Dashjr trabalha com o Bitcoin (BTC) há mais de uma década. Em setembro de 2022, ele publicou no Github uma proposta de implementar limites na quantidade de dados possíveis de serem inscritos na blockchain da criptomoeda-mãe.

Na prática, isso tornaria praticamente impossível inscrever qualquer tipo de Ordinal na blockchain.

A proposta, entretanto, foi encerrada no início de 2024 sem que suas mudanças fossem aplicadas. Antes disso, ela reacendeu um debate sobre qual o propósito da blockchain do Bitcoin.

A rede, em sua concepção, deveria ser usada apenas para registrar transações financeiras. Foi isso o que ocorreu desde que ela entrou em operação.

Só que, em 2023, foi descoberto uma forma de inscrever outros tipos de informações na blockchain. Era o nascimento dos Ordinals e, em seguida, do protocolo BRC-20.

No início, o Ordinals foi usado como uma versão da tecnologia de tokens não-fungíveis (NFTs) – originadas no Ethereum (ETH) – na blockchain do Bitcoin. A diferença é que a nova versão inscreve todas as informações na rede descentralizada e não apenas links para conteúdos hospedados em outros lugares.

Ou seja, a quantidade de dados necessários é ainda maior. Isso fez com que os custos de transação da blockchain do Bitcoin explodissem duas vezes.

Para que serve uma blockchain?

A criação do Ordinals levantou uma questão importante: para que, afinal, serve a blockchain do Bitcoin?

O debate separou a comunidade em dois campos: aqueles que acreditam que a blockchain deve aceitar todo tipo de conteúdo e os puristas que defendem que ela deve ser reservada apenas para transações financeiras. Dashjr é um defensor dessa última ideia.

O uso da rede para algo a mais que transações financeiras tem um custo para os usuários, que é o aumento das taxas da blockchain. Por outro lado, a popularidade dos Ordinals aumentou a taxa de hash da rede e a demanda por mineradoras, que estavam sofrendo devido ao inverno cripto.

A Marathon Holdings, por exemplo, anunciou que minerou uma quantidade recorde de 1.853 BTC em dezembro de 2023. O marco surge após a empresa, cuja lista de acionistas inclui a BlackRock, acrescentar 390 megawatts de potência à sua operação. As ações da empresa também estão em alta e fecharam a terça-feira (9) em US$ 25,73.

Embora a proposta de Dashjr tenha seus méritos, acredita-se que ela enfrentaria resistência das mineradoras, que não querem que a demanda por seus serviços diminua.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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