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Crimes com criptoativos registram queda de 38% em 2023, diz Chainalysis

3 mins
Atualizado por Aline Fernandes

Conforme o primeiro capítulo do Crypto Crime Report de 2024 da Chainalysis, a atividade ilícita tem diminuído à medida que fraudes e roubos de fundos caem.

Por outro lado, mercados de ransomware e darknet apresentaram crescimento no ano passado. Segundo a Chainalysis, 2023 foi um ano de recuperação para as criptomoedas, ao mesmo tempo que a indústria se recuperava de escândalos, altas e baixas de preços de 2022.

Os dados do relatório mostram que com a recuperação dos criptoativos e crescimento em 2023, “muitos acreditam que o fim do inverno cripto está próximo e uma nova fase de crescimento pode chegar em breve”

Para Eric Jardine que liderou o estudo da Chainalysis, a queda nas atividades criminosas e a recente decisão da SEC em favor dos ETFs à vista de BTC preparam o terreno para uma nova fase de crescimento do setor neste ano.”

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Destaques Crypto Crime Report 2024

Segundo os dados sobre uso ilícito de criptomoedas, a queda de 38% no valor recebido em criptomoedas por endereços ilícitos, recuou da máxima histórica de US$ 39,6 bilhões em 2022 para US$ 24,2 bilhões no último ano.

“Como sempre, temos de ressalvar que estes números são estimativas de limite inferior baseadas nos influxos para os endereços ilícitos que identificamos hoje. Daqui a um ano, estes totais serão quase de certeza ma is elevados, à medida que identificarmos mais endereços ilícitos e incorporarmos a sua atividade histórica nas nossas estimativas”, destaca o reporte.

Por exemplo, quando a Chainalysis publicou Crypto Crime Report no ano passado, estimou um volume de transações ilícitas de US $ 20,6 bilhões para 2022. Um ano depois, a estimativa atualizada para 2022 é de US $ 39,6 bilhões

Já o volume de transações ilícitas representou apenas 0,34% do total movimentado em blockchain no último ano (esse montante era de 0,42% em 2022), isso significa, segundo a plataforma, maturidade da indústria.

Vale ressaltar que a plataforma não incluiu volumes de transações ilícitas associados a empresas que faliram, como o caso da FTX, que agora soma cerca de US$ 8,7 bilhões em reclamações de credores.

A Chainalysis vai atualizar esses dados apenas após a conclusão do processo não apenas deste, mas também de outros casos.

“Curiosamente, o declínio nos fundos roubados foi impulsionado por uma retração no hacking de DeFi, que é uma das áreas mais promissoras do ecossistema de criptomoedas, na maioria devido à sua transparência. Esta queda pode representar a reversão de uma tendência que a Chainalysis observa desde 2022, e pode ser um sinal de que os protocolos DeFi estão melhorando suas práticas de segurança”, reforça o relatório.

Por outro lado, os mercados de ransomware e darknet – duas das modalidades mais proeminentes do criptocrime – viram as receitas aumentarem em 2023, em contraste com as tendências baixistas.

 “O crescimento das receitas de ransomware é decepcionante após as fortes quedas que vimos no ano passado e sugere que talvez os atacantes tenham se ajustado às melhorias de segurança cibernética das organizações”, disse Jardine.

Também parece que o encerramento da Hydra fez pouco para dissuadir os mercados da darknet, uma vez que a atividade ilícita nesses canais está se recuperando, com a receita total alcançando as máximas históricas de 2021”, afirmou.

Bitcoin, não é mais a moeda digital preferida dos criminosos

Bitcoin continua perdendo espaço como criptomoeda favorita dos criminosos cibernéticos, e é usado em menos de 25% das transações ilícitas. Enquanto isso, stablecoins ganham terreno.

Transações relacionadas a entidades sancionadas surgem como uma tendência significativa, representando 61,5% de todo o volume de transações ilícitas.

“Receitas com golpes (scamming) e hacking caíram 29,2% e 54,3%, respectivamente.

Essa mudança do Bitcoin é um desenvolvimento interessante e mais uma vez fala da maturidade do setor. Com base na recente decisão da SEC sobre ETFs de Bitcoin, à medida que 2024 se desenrola, acredito que veremos um impulso para uma infraestrutura de mercado mais madura que incentivará a custódia e um ecossistema de trocas mais saudáveis e competitivos nos principais mercados”, concluiu Jardine.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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