Tom Emmer, político pró-criptomoedas, suspeita da inação da agência contra a FTX e sugeriu que Sam Bankman-Fried (SBF) tentou obter “tratamento especial” da SEC.
O congressista falou que o colapso da FTX não foi uma falha cripto e sim de “finanças centralizadas”, “ética empresarial” e procedimentos de supervisão do governo. Ele ainda levantou dúvidas sobre a eficiência da SEC em evitar o desastre, em entrevista para a FOX na terça-feira, 22.
Emmer citou as reuniões que a agência realizou em março com SBF, executivos da FTX e de uma empresa de negociações que havia fechado parceria com a exchange em abril. “Eles estavam trabalhando, aparentemente, com Sam Bankman-Fried e outros, para dar a eles um tratamento especial da SEC que outros não estão recebendo”, disse Emmer.
“Sam Bankman-Fried estava pressionando por um tratamento especial na legislação através do Congresso. Quando finalmente foi revelado o que era, e a indústria começou a levantar bandeiras vermelhas em todos os lugares, foi quando essa coisa desmoronou”, acrescentou.
SBF estava se notabilizando por financiar a campanha eleitoral de políticos a favor das criptomoedas para aumentar a representatividade no congresso. Conforme relatado pelo BeInCrypto foram mais de US$ 70 milhões para campanhas políticas durante o ciclo eleitoral de 2021/2022, o lobby eleitoral é legalizado nos EUA.
SEC sob desconfiança
Durante a entrevista, Emmer fez duras críticas e levantou suspeitas sobre a atuação de Gary Gensler a frente da SEC. Ele apontou a ineficiência da agência em proteger os investidores de catástrofes causadas por maus atores do mercado, e incluiu os casos da Celsius, Voyager e Terra como casos negligenciados por Gensler.
“O que o regulador está fazendo indo atrás de bons atores na comunidade e negociando nos bastidores, ao que parece, com pessoas que estão fazendo coisas nefastas?”

A agência reguladora tem sido duramente criticada por não conseguir fornecer uma regulamentação clara. No decorrer de 2022 a SEC foi acusada de travar uma batalha contra a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) no intuito de expandir sua jurisdição, utilizando práticas de fiscalização e não padronizadas para paralisar as empresas de criptomoedas.
O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, argumentou que a demora do regulador empurrou a atividade comercial para áreas não regulamentadas no exterior, contribuindo para prejudicar os investidores.
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Sinais de alerta
Líder da maioria da Câmara dos EUA, pela primeira vez, Emmer falou publicamente em investigar os laços entre a SEC e a FTX no início de novembro. O congressista diz ter recebido relatórios apontando um trabalho direcionado da agência na garantia de obter um “monopólio regulatório” para a FTX usando “brechas legais”.
Além da SEC, SBF também se reuniu com o CEO do CME Group, Terry Duffy, em março.
Em uma entrevista à CNBC na semana passada, o executivo notou “sinais de alerta” no comportamento do executivo. Ele relatou que SBF recusou uma oferta de US$ 30 milhões por suas franquias cripto. Duffy teria exigido que ele seguisse à risca sua estrutura de gerenciamento de risco. “Você é uma fraude. Você é uma fraude absoluta”, Duffy afirmou ter dito a época.
Na terça-feira, 22, novamente para a CNBC, Duffy também levantou suspeitas da proximidade do ex-CEO da FTX com reguladores e políticos que “teciam loas” sobre ele em suas visitas a Washington.
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