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Criptomoedas podem perder protagonismo político sem a FTX e seu CEO

2 mins
Por Martin Young
Traduzido Thiago Barboza

EM RESUMO

  • SBF e demais executivos da FTX doaram US$ 70 milhões no último ciclo eleitoral dos EUA.
  • As doações foram principalmente para candidatos pró-cripto.
  • O lobby e o financiamento para o setor podem secar.
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O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), foi um dos maiores doadores políticos nos Estados Unidos. Seus bolsos antes cheios financiaram principalmente candidatos e campanhas democratas, mas tudo isso pode mudar agora.

O cenário de financiamento de candidatos pró-cripto nos EUA pode estar prestes a mudar sem o seu maior doador. SBF e os executivos da FTX doaram mais de US$ 70 milhões para campanhas políticas durante o ciclo eleitoral de 2021/2022 nos EUA. O próprio CEO gastou cerca de US$ 40 milhões, de acordo com a Open Secrets.

Sem esse fluxo de fundos, os candidatos democratas pró-cripto poderiam ser cortados, de acordo com uma reportagem do Financial Times publicada no último domingo (13). O colapso do império de SBF provavelmente terá um impacto no cenário de financiamento de criptomoedas, e não para melhor.

SBF: muito dinheiro para aliados políticos

SBF ficou atrás apenas do bilionário George Soros em financiamento político democrata. Ele ficou em sexto lugar no geral. Do segundo ao quinto maiores doadores, todos favoreceram os republicanos.

No início deste ano, ele disse que gastaria até US$ 1 bilhão para ajudar a influenciar as campanhas eleitorais presidenciais de 2024, mas desde então recuou.

SBF também apoia o comitê de ação política (PAC) Protect Our Future. A organização foi criada em janeiro e gastou mais de US$ 27 milhões em apoio a candidatos democratas. O PAC endossou 25 democratas nas disputas parlamentares no ciclo atual. Além disso, 18 deles venceram suas respectivas corridas, acrescentou o relatório.

Como tal, SBF se tornou um dos representantes de criptomoedas mais proeminentes em Washington, apoiando regulamentações e legislações para o mercado. No entanto, muitos lobistas e doadores suspeitaram que as doações foram feitas em interesse próprio.

Durante este ciclo, ele fez doações para o PACS Alabama Conservatives Fund e Heartland Resurgence. Os senadores John Boozman e Debbie Stabenow se comprometeram a continuar apoiando a Lei de Proteção ao Consumidor de Commodities Digitais, pela qual o ex líder da FTX fez campanha.

A FTX também apoiou o GMI PAC, que doou US$ 5,8 milhões para o web3 Forward PAC, um comitê pró-cripto.

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Preocupação com Restituições

O FT informou que há uma preocupação crescente com as restituições caso os reguladores financeiros dos EUA intervenham. A SEC não perdeu tempo em investigar a FTX sobre suas atividades de empréstimo e gestão de fundos de clientes.

Especialistas jurídicos argumentaram que, mesmo que os fundos estivessem vinculados a ganhos ilícitos, não haveria base legal para as restituições.

Uma coisa que provavelmente ocorrerá, no entanto, é uma grande repressão regulatória nos EUA. O resultado pode ser que as exchanges de criptomoedas sejam tratadas como bancos. Os usuários enfrentariam todas as restrições e vigilância que acompanham o uso de uma conta bancária.

A falta de clareza na América fez com que os traders migrassem para uma exchange offshore não regulamentada, comentaram alguns especialistas do setor.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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