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CEO da FTX desabafa: “Passei por um inferno”

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Perante o Tribunal de Falências dos Estados Unidos, John Ray III disse não estar sendo nada fácil liderar a FTX após a sua falência.
  • As primeiras 48 horas foram um inferno, afirma o executivo.
  • Ray afirma que nunca viu nada como o que foi encontrado na FTX.
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Perante o Tribunal de Falências dos Estados Unidos, o novo CEO da FTX John Ray III disse não estar sendo nada fácil liderar a exchange após seu colapso.

O novo CEO da FTX precisou testemunhar sobre a forma que tem gerido a exchange no Tribunal de Falências do Distrito de Delaware. A contratação do executivo ocorreu em novembro de 2022, após a saída de Sam Bankman-Fried, para conduzir o processo de falência da empresa.

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Apesar de ser muito bem recompensado pelos seus serviços, com ganhos de cerca de US$ 700.000 desde que assumiu o posto, Ray afirma que seu trabalho não tem sido fácil. De acordo com ele:

“As primeiras 48 horas de trabalho foram um inferno”.

Os desafios para reerguer a FTX

Ray possui experiência em assumir empresas recém falidas. Ele liderou o processo de insolvência da Enron e de outras corporações. No entanto, ele afirma que nunca viu nada parecido com o que ocorreu na FTX.

“Desde o meu primeiro dia de trabalho, experimentei o caos. Um dos especialistas em rastreamento de fundos descreveu as carteiras neste sistema da AWS como uma espécie de agulha em um palheiro de agulhas”.

Ele ainda confessou para o tribunal que a falta de experiência dos liquidantes da FTX em relação as criptomoedas tem sido um problema. O pouco conhecimento gerou diversos erros, como a liquidação de cerca de 4 Bitcoins sintéticos, avaliados em cerca de US$ 90.000.

Porém, ele segue confiante em si mesmo e na sua equipe. Ele pediu que o tribunal não designasse um novo examinador independente. Segundo o CEO interino da FTX, isso poderia prejudicar todos os avanços feitos até o momento.

Anteriormente, ele afirmou estar considerando relançar a exchange, o que impulsionou o preço do token FTX (FTT). Além disso, sua equipe ameaçou processar os políticos dos EUA que não devolvessem as doações que SBF fez na última campanha eleitoral do país.

Desorganização da gestão anterior

Ray ainda compartilhou que o antigo sistema de controles financeiros da FTX era precário ao ponto que “literalmente, um dos fundadores poderia entrar nesse ambiente, baixar meio bilhão de dólares de carteiras em um pen drive e sair com eles. E não haveria nenhuma prestação de contas por isso”.

Após a crise da exchange vir à tona, investigações feitas pela SEC comprovaram que Bankman-Fried e outros gestores estavam desviando fundos da FTX para realizar operações com a sua outra empresa, a Alameda Research. Além disso, a empresa usou montantes para comprar diversas mansões nas Bahamas, onde é sediada.

Preso no país da América Central no final de 2022, SBF aguarda julgamento e pode pegar mais de 100 anos de prisão caso seja condenado nos EUA. As autoridades também deteram outros gestores, incluindo a antiga CEO da Alameda, Caroline Ellison. Eles estão colaborando com as autoridades.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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