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Bitcoin (BTC): Apenas duas empresas de mineração estão preparadas para sobreviver ao halving

2 mins
Por Harsh Notariya
Traduzido Thiago Barboza

À medida que a rede Bitcoin se prepara para o seu quarto halving, previsto para abril de 2024, o setor de mineração de criptomoedas enfrenta uma mudança sísmica que pode levar a uma consolidação significativa.

Analistas afirmam que apenas duas empresas de mineração, Marathon Digital Holdings (MARA) e Iris Energy (IREN), sobreviverão aos desafios do halving do Bitcoin.

Empresas de mineração lutam contra custos operacionais

O halving, parte integrante do protocolo do Bitcoin para mantê-lo deflacionário, reduzirá a recompensa do bloco de 6,25 para 3,125 BTC. Historicamente, este evento deu início às altas do Bitcoin.

Ali Martinez, chefe global de notícias do BeInCrypto, observou que após os halvings de 2012, 2016 e 2020, o preço do BTC subiu 11.000%, 2.850% e 700%, respectivamente. Mais importante ainda, os dois últimos mercados em alta após o halving tiveram duração semelhante, 518 dias e 549 dias cada. Por esse motivo, Martinez espera que um cenário semelhante ocorra este ano.

“Se o próximo mercado de alta seguir as tendências históricas, podemos antecipar o próximo topo do Bitcoin por volta de abril ou outubro de 2025”, disse Martinez.

Bitcoin (BTC): Apenas duas empresas de mineração estão preparadas para sobreviver ao halving
Declínio da receita dos mineradores após cada halving. Fonte: Glassnode

Apesar do potencial para um novo mercado de alta, o halving coloca grande pressão sobre os mineradores de Bitcoin, reduzindo suas receitas instantaneamente em 50%, a menos que o preço do BTC suba de acordo.

A SeekingAlpha examinou as estruturas de custos, eficiências operacionais e posicionamento estratégico das principais entidades de mineração de Bitcoin. A empresa concluiu que apenas MARA e IREN possuem eficiência operacional e visão estratégica para suportar o próximo halving do Bitcoin.

Empresas preparadas para enfrentar os desafios halving do Bitcoin

MARA e IREN se destacam na manutenção de custos totais de negócios competitivos por Bitcoin extraído, um elemento crucial para sua sustentabilidade pós-halving. Em meio ao aumento dos custos e à diminuição dos retornos em todo o setor, essas duas empresas apresentam adaptabilidade e crescimento estratégico excepcionais. Portanto, isto os posiciona como prováveis sobreviventes num mercado em consolidação.

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O iminente halving ressalta um momento crucial para os mineradores de Bitcoin, acentuando a importância da eficiência operacional e do crescimento estratégico. À medida que o setor se prepara para recompensas reduzidas por bloco, a sustentabilidade das operações de mineração ganha grande importância. Curiosamente, MARA e IREN emergiram como pioneiros, equipados para enfrentar os desafios futuros.

Custo total de mineração por Bitcoin. Fonte: SeekingAlpha

As implicações mais amplas desta consolidação vão além do setor de mineração, influenciando potencialmente a dinâmica do mercado do Bitcoin e o seu espírito descentralizado.

“Embora a consolidação do setor possa beneficiar alguns mineradores no curto prazo, é prejudicial para todo o ecossistema Bitcoin no longo prazo. Esse tipo de consolidação é fundamentalmente desfavorável a qualquer protocolo sem confiança porque torna o protocolo mais centralizado”, disse o analista da SeekingAlpha.

À medida que surgem menos intervenientes mais dominantes, o risco de centralização no setor de mineração poderá colocar desafios ao protocolo confiável do Bitcoin, sublinhando o delicado equilíbrio entre a sustentabilidade operacional e o espírito da descentralização.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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