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As criptomoedas que, em 2023, seriam o equivalente ao Bitcoin em 2013

5 mins
Atualizado por Chris Goldenbaum

EM RESUMO

  • Existe alguma criptomoeda capaz de repetir os feitos que o Bitcoin realizou nos últimos dez anos?
  • Cinco ativos surgem como os principais candidatos.
  • Apesar disso, muitos acreditam que o BTC segue sendo a melhor opção no mercado cripto.
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Existe alguma criptomoeda capaz de repetir os feitos que o Bitcoin (BTC) realizou nos últimos dez anos?

Praticamente todo entusiasta do Bitcoin já desejou ter conhecido a criptomoeda nos primeiros anos após seu lançamento, quando o preço era uma fração do valor atual. Se viajar no tempo fosse possível, certamente muitos investidores voltariam para 2009 – ano em que o BTC foi lançado – para comprar milhares de unidades a centavos de dólar.

Sem dúvidas, a valorização estratosférica que o Bitcoin teve desde o seu lançamento o coloca entre os melhores investimentos da história. O ativo, que era negociado na faixa dos US$ 100 no início de 2013, chegou a disparar cerca de 69.000% até a sua máxima histórica de US$ 69.000, registrada em novembro de 2021.

Para se ter ideia, bastaria investir apenas US$ 15 para se tornar um milionário em 10 anos. Com um aporte inicial de US$ 15.000, você seria hoje um bilionário cripto. Infelizmente, não é possível voltar ao tempo para investir no Bitcoin.

Porém, é possível haver outras criptomoedas nos dias de hoje que possuam o mesmo potencial que o BTC tinha há 10 anos atrás?

Cinco potenciais candidatos

Fazer previsões de longo prazo em um mercado tão volátil e dinâmico como o de criptomoedas é algo extremamente dificil. Por isso, não se pode ter a certeza que determinado ativo possa seguir a adoção e valorização estratosférica que o Bitcoin teve nos últimos dez anos.

Porém, conseguimos listar alguns candidatos em potencial. Mais especificamente, cinco criptomoedas, que foram escolhidas devido aos seus históricos de preço, crescimento de uso e os potenciais de suas redes e projetos para os próximos anos.

Ethereum

O Ethereum (ETH) se consolidou nos últimos anos como a segunda maior criptomoeda do mundo. Apesar de seu valor de mercado ser menos da metade da capitalização do Bitcoin, o ativo possui alguns desenvolvimentos interessantes que o tornam atrativos para o longo prazo.

Sua blockchain é atualmente a mais utilizada em diversos segmentos do mundo cripto, como finanças descentralizadas (DeFi) e tokens não fungíveis (NFTs). Além disso, a migração para o método de prova de participação (PoS), durante o The Merge no ano passado, tornou sua rede muito mais sustentável.

Devido a isso, existem aqueles que acreditam que o ETH será capaz de ultrapassar o BTC nos próximos anos, com o céu sendo o limite para o token.

No entanto, o PoS tem sido uma faca de dois gumes, visto que o ETH tem sido alvo da SEC dos Estados Unidos após a adoção deste método. Uma possível classificação do ativo como um valor mobiliário pela autarquia, iria definitivamente prejudicar os planos dos entusiastas do Ethereum.

Cardano

Criada em 2015 por Charles Hoskinson, a Cardano (ADA) é conhecida por ter uma equipe extremamente técnica que preza por um desenvolvimento sustentável e correto de seu projeto. A rede adota há anos o método PoS, oferecendo transações mais baratas e rápidas que a maioria de suas rivais, incluindo o Ethereum.

Boas projeções não faltam para o token ADA. Algumas apontam o ativo superando a barreira dos US$ 5 em 2030 – valor bem acima dos atuais US$ 0,33. Para alguns analistas, o potencial de valorização é ainda maior, o que faz do ativo um ótimo candidato a trilhar o mesmo caminho do Bitcoin em crescimento e adoção.

Porém, a Cardano partilha do mesmo risco do Ethereum – o de ser classificado como um valor mobiliário. Além disso, sua rede ainda não foi capaz de atrair grandes projetos, sendo atualmente apenas a 20º no ranking de blockchains com maior Valor Total Bloqueado (TVL), segundo o DefiLlama.

Dogecoin

Podemos dizer que a Dogecoin (DOGE) já tem trilhado um caminho de valorização parecido com o do Bitcoin nos últimos anos. Seu token, que era negociado a US$ 0,0020 no início de 2020, disparou 36.400% até a máxima histórica de US$ 0,73 registrada em maio do ano seguinte.

Apesar de cair 90% desde então, a criptomoeda continua tendo uma sólida comunidade, tendo o apoio de grandes nomes como Elon Musk e Mark Cuban. Além disso, sua rede tem tido desenvolvimentos interessantes, podendo inclusive realizar transações offline. Não por acaso, Musk acredita que a DOGE possui mais potencial do que o BTC de se tornar uma moeda.

Caso a Dogecoin continua em evidência nos próximos anos, sua comunidade com certeza retomará o desejo de fazer o ativo atingir o nível de US$ 1. Em relação ao seu preço atual, esse movimento representaria uma valorização de mais de 1.300%. Quem sabe seu preço não suba ainda mais e supere o crescimento que o Bitcoin teve de 2013 até agora?

Shiba Inu

A Shiba Inu (SHIB) conseguiu uma valorização ainda maior do que a DOGE nos últimos anos. Somente em 2021, a memecoin chegou a ter uma valorização de 50.000.000%. Para se ter uma ideia, bastaria um investimento de R$ 2 para se tornar um milionário.

Dados on-chain mostram que um usuário que investiu US$ 8.000 no ativo chegou a ter um retorno de US$ 5,7 bilhões – nada mal, não é mesmo?  

Apesar da SHIB estar bem longe dos seus dias de glória atualmente, quem sabe ela não consiga repetir o feito nos próximos anos?

Tron

A Tron (TRX) não é tão conhecida quanto as outras criptomoedas de nossa lista. Mesmo assim, seu preço chegou a acumular uma valorização de mais de 3.500% nos últimos cinco anos, apesar de acumular atualmente uma queda de 70% em relação a sua máxima histórica.

Seu criador, Justin Sun, disse recentemente que trabalha para que a TRX seja aceita como uma moeda legal em cinco países. Caso isso se concretize, seria esperado uma enorme valorização de preço do ativo, visto que nem o Bitcoin conseguiu atingir este feito até o momento.

Bitcoin: uma vez rei, sempre rei

Apesar dos dados e das projeções destacas acima, é preciso destacar que o Bitcoin segue sendo a principal criptomoeda do mundo, não sendo possível afirmar que um dia ele irá perder este posto.

Pelo contrário, muitos analistas projetam que o ativo seguirá crescendo em adoção e preço, podendo chegar a valer US$ 500.000 nas próximas décadas.

Apesar dos gastos e impactos da sua mineração serem um problema, o BTC possui como vantagem ser a criptomoeda mais descentralizada do mundo. Nem mesmo a SEC parece ser capaz de taxá-lo como um valor mobiliário. Além disso, sua rede tem apresentado desenvolvimentos interessantes recentemente, sobretudo envolvendo NFTs.

Dessa forma, podemos concluir que a diversificação de ativos é o melhor caminho para traders e investidores que desejam prosperar no mercado cripto.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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