Francisley Valdevino da Silva, mais conhecido como o Sheik dos Bitcoins, foi preso pela Polícia Federal em Curitiba nesta sexta-feira (9).
Além do mandado de prisão preventiva, a PF cumpriu outros nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário na capital paranaense e em São José dos Pinhas.
A ação, que recebeu o nome de Operação Maracutaia, é uma extensão da Operação Poyais, executada em 2022.
Novas acusações para o Sheik dos Bitcoins
Valdevino da Silva já havia sido preso e respondia em liberdade desde junho de 2023, por operar um dos maiores esquemas de pirâmide cripto do país. Agora, ele passou a ser alvo da nova investigação após algumas vítimas do novo esquema o denunciarem as autoridades.
Segundo a Polícia Federal, o Sheik dos Bitcoin ainda cometeu outras ilegalidades: “Verificou-se que ele utilizava conta bancária de um ex-funcionário para ocultar gastos em Curitiba. O investigado, réu na Operação Poyais, violou medidas cautelares, retomando operações ilegais e envolvendo ex-colaboradores”
As investigações alegam que o grupo comandado pelo empresário prometia alugar as criptomoedas dos seus clientes, oferecendo um pagamento mensal que podia chegar a 20% do valor desses ativos. Para atrair as vítimas, os acusados se apresentavam como uma equipe com vasta experiência no mercado de criptomoedas.
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O histórico do acusado
Oferecer o aluguel de criptomoedas não é algo novo para Valdevino da Silva, visto que este era o modus operandi do esquema que o deixou conhecido nacionalmente. Investigado desde 2016, o empresário é acusado de comandar um esquema de pirâmide que chegou a movimentar R$ 4 bilhões segundo as autoridades.
Entre as diversas empresas que o Sheik dos Bitcoins comandava está a Rental Coins, especializada no aluguel de criptomoedas. Vítimas do golpe afirmam que os pagamentos dos rendimentos foram interrompidos no final de 2021. Em março do ano seguinte, a PF iniciou a Operação Poyals para investigar o caso depois de um pedido de cooperação da Interpol. Ao que tudo indica, o empresário e seu grupo operavam não somente no Brasil, mas em outros 11 países.
Com as promessas de alto rendimento, o esquema conseguiu atrair milhares de clientes, entre eles celebridades como Sasha e Wesley Safadão. Francis também tinha grande visibilidade entre os evangélicos do país, sendo inclusive citado em uma polêmica envolvendo uma artista e um pastor.
Em matéria, o G1 afirma ter entrado em contato com a defesa do acusado após a prisão de hoje. No entanto, não obteve resposta até o momento.
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