Como era de se esperar, o Ethereum (ETH) foi um dos principais destaques do mercado de criptomoedas este ano. Confira os principais acontecimentos em torno da rede e de seu token nativo na retrospectiva do BeInCrypto.
Segunda maior criptomoeda em valor de mercado, com uma capitalização atual de US$ 277 bilhões, o Ethereum teve uma boa performance ao longo de 2023. O ativo operou em alta durante a maior parte do ano, fechando candles mensais de queda somente em julho e agosto.
Precificado em US$ 1.200 no dia 1º de janeiro, o ETH chegou a dobrar de valor ao atingir sua máxima anual de US$ 2.400 neste mês de dezembro. No entanto, a movimentação de preços não foi a única coisa notável ao longo dos últimos meses.
Confira a seguir os principais acontecimentos e destaques do Ethereum em seu 8º ano de história.
Hard Fork Shanghai e suas mudanças
Apesar de começar 2023 em alta, o Ethereum ocupou as primeiras manchetes do ano por outro motivo: o hard fork Shanghai. A atualização foi considerada uma das mais importantes para a história da rede, pois finalmente permitiria que os validadores retirassem seus ativos depositados na Beacon Chain.
Em antecipação ao evento, diversos tokens relacionados a staking dispararam no início do ano. O próprio ETH também foi impactado, atingindo um novo recorde de deflação. No entanto, as semanas que antecederam a atualização também foram marcadas por muitos debates e temores, com desenvolvedores mostrando apreensão. Devido a isso, o fork, previsto para ser implementado em março, precisou ser adiado.
Felizmente, o hard fork Shanghai foi implementado com sucesso no dia 13 de abril. O evento animou o mercado, que impulsionou o ETH acima de US$ 2.000 – seu maior preço nos últimos 8 meses até então.
Ethereum cresce em staking
O staking na rede Ethereum continuou em evidência após a atualização Shanghai. Ao contrário do que muitos imaginavam, essa atividade continuou a atrair demanda mesmo após as mudanças trazidas com o hard fork. Em julho, cerca de 20% da oferta total de ETH estava depositada em staking.
No entanto, alguns especialistas alertaram para os riscos trazidos com este volume crescente. Um conhecido desenvolvedor da rede observou que uma maior demanda poderia tornar a blockchain mais centralizada, fazendo dos maiores protocolos de staking grandes cartéis.
Até mesmo Vitalik Buterin se envolveu com a questão. O cofundador e principal mente por trás da rede apresentou novas soluções para esta atividade, visando reforçar a segurança desses protocolos contra possíveis ataques.
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Definição dos ETFs de ETH é adiada
Assim como o Bitcoin (BTC), a possibilidade de existirem fundos negociados em bolsa (ETFs) de Ethereum nos Estados Unidos foi o grande destaque do ativo no segundo semestre. Grandes nomes do mundo financeiro manifestaram interesse e entraram com pedidos de registro deste tipo de produto, incluindo a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo.
Para muitos analistas e entusiastas, a aprovação desses fundos representaria um grande marco para a criptomoeda, que poderia ver a sua adoção e ingresso de capital aumentarem a níveis jamais vistos.
Apesar do mercado ter expectativa de que o desfecho dessa questão se daria em 2023, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) adiou a sua resposta a estes pedidos para o próximo ano.
Rivais podem ameaçar o trono?
A rede Ethereum segue sendo a blockchain mais usada em diversos segmentos da indústria cripto, como NFTs, Defi e dApps. No entanto, o desenvolvimento de outras redes pode ameaçar essa soberania, especialmente ao oferecem mais velocidade de rede e taxas menores.
Atualmente, dois concorrentes aparecem como futuras ameaças: Solana (SOL) e Cardano (ADA). A SOL chegou a superar o Ethereum em volume de negociação em algumas exchanges, enquanto sua rede tem crescido em atrair mais projetos.
No entanto, o criador da Solana acredita que ambas as blockchains podem coexistir, o que na sua visão seria o melhor cenário para toda a indústria.
Já Charles Hoskinson, criador da Cardano, adotou uma postura mais agressiva. O desenvolvedor chegou a trocar farpas com Vitalik Buterin, além de afirmar que o staking da rede Ethereum é “problemático”.
O que esperar do Ethereum em 2024?
Apesar do Ethereum ter tido um bom ano em 2023, especialmente na sua movimentação de preço, o ativo acabou perdendo espaço em relação ao Bitcoin. A maior criptomoeda do mundo acumulou uma valorização ainda maior ao longo dos anos, sem falar que acabou atraindo maior atenção da mídia e da comunidade, sobretudo na questão dos ETFs.
No entanto, um importante nome do mercado acredita que a história será diferente em 2024. Para Anthony Sassano, o Ethereum será o grande destaque do mundo cripto no próximo ano. Resta aguardar para ver se essa previsão irá se tornar realidade.
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