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Obras de arte serão enviadas à Lua e preservadas na blockchain

3 Min.
Atualizado por Gabriel Gameiro

Resumo

  • Obras sobre os 17 ODS da ONU serão enviadas à Lua.
  • Arquivos serão preservados com tecnologia Nanofiche.
  • Blockchain garante autenticidade e procedência das obras digitais.
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Parceria viabiliza o envio de obras inspiradas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU à superfície lunar. A iniciativa busca demonstrar como a criatividade, quando integrada às tecnologias blockchain e espaciais, pode expandir as fronteiras da arte e aprofundar seu impacto social.

As obras selecionadas serão armazenadas em um arquivo permanente na superfície lunar, utilizando a tecnologia Nanofiche, projetada para suportar as condições extremas do espaço. Elas farão parte da missão Astrobotic Griffin-1, vinculada ao programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da NASA, com lançamento previsto para ocorrer a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, após novembro de 2025.

Enviando cultura ao espaço

Cada obra ficará registrada na superfície lunar, em formato resistente às condições espaciais, sem prazo de expiração definido. A iniciativa envolve o envio de imagens estáticas, abrangendo arte digital, fotografia, ilustração, pintura ou mídia mista. Os criadores podem submeter peças que abordem temas como ação climática, educação de qualidade, igualdade de gênero, energia limpa ou inovação sustentável.

Em entrevista ao BeInCrypto, Scott Spiegel, cofundador e CEO da BitBasel, detalhou como a tecnologia blockchain contribui para garantir a autenticidade e a preservação das obras envolvidas nesse tipo de iniciativa:

Para cada obra de arte digital, documentaremos toda a sua cadeia de custódia: quem a preparou, quando foi adicionada à carga útil e como chegou à Lua. Esses registros serão incorporados aos metadados e usados para estabelecer a procedência verificável de cada arquivo. Uma vez que esses dados sejam registrados de forma imutável na blockchain, podemos emitir um certificado criptográfico ‘Token Verificado pela Lua’. Ele representa tanto a obra de arte original quanto a conquista histórica de seu pouso na superfície lunar, disse.

Um comitê de curadoria analisará as propostas recebidas até o prazo final de 9 de maio. Os integrantes desse grupo incluem representantes da BitBasel, da Polkadot, do Galactic Library Preserve Humanity (GLPH) e do Laboratório de Blockchain da Universidade da Flórida. As obras aprovadas integrarão o arquivo lunar e seus autores serão formalmente registrados como parte da missão.

Spiegel, destaca: “Esta é uma oportunidade única para artistas gravarem seus valores na história – literalmente”. Segundo Spiegel, a parceria com a Polkadot amplia o alcance da iniciativa no ecossistema Web3.

Desafios técnicos e o papel da blockchain na preservação cultural

A preservação de obras de arte na superfície lunar envolve uma série de desafios tecnológicos, especialmente relacionados às condições extremas do espaço. Segundo Scott Spiegel, “os principais desafios estão ligados às complexidades dos pousos lunares”. Embora a NASA e seus parceiros tenham avançado significativamente, ele destaca que “as missões lunares ainda apresentam riscos – algumas foram bem-sucedidas, enquanto outras falharam”.

Para garantir a integridade do material, a carga precisa resistir a variações extremas de temperatura, altos níveis de radiação e estresses mecânicos durante o transporte e o pouso. A confiabilidade do projeto depende, portanto, da atuação conjunta com engenheiros aeroespaciais experientes.

Além do aspecto técnico, o projeto reforça a conexão entre arte digital e blockchain, com impactos diretos sobre a adoção da Web3. Spiegel afirma que essa integração “demonstra uma aplicação real da blockchain como ferramenta para procedência digital, autenticidade e narrativa”.

Ao associar cada obra a um registro verificável, o programa amplia a compreensão de como a tecnologia pode atuar na valorização cultural e na documentação de criações artísticas. “Isso inspira criadores a explorar novas fronteiras com a Web3”, conclui o executivo.

O prazo final para inscrições é 9 de maio, e você pode saber mais e fazer sua inscrição clicando aqui.

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Gabriel Gameiro
Formado em jornalismo pela PUC de São Paulo, Gabriel Gameiro é acumula 10 anos de experiência profissional. Ao longo de sua carreira, passou por diversas redações pelo país, tendo um portfólio robusto de coberturas e publicações de diferentes segmentos.
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