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Grupos militares pró-Rússia estão arrecadando fundos com criptomoedas

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Grupos pró-Rússia estão dobrando a arrecadação de fundos com criptomoedas.
  • O Telegram se tornou a plataforma preferida para angariar fundos.
  • Uma nova rodada de sanções contra Moscou foi proposta pela União Européia.
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Pesquisa da empresa de blockchain TRM Labs revelou que grupos pró-russos estão levantando fundos em criptomoedas para apoiar operações paramilitares e evitar sanções dos EUA, informou a CNBC.

A Rússia tem enfrentado sanções econômicas internacionais após a invasão da Ucrânia e as criptomoedas estão sendo utilizadas como o caminho ideal para evitar estas sanções e arrecadar recursos.

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De acordo com o CEO da empresa, Chris Janczewski, os grupos haviam arrecadado pelo menos US$ 400.000 em criptomoedas desde que a invasão começou em 24 de fevereiro até o dia 22 de setembro, informou a CNBC.

A TRM Labs revisou diversos endereços de carteira públicas junto a sites de verificação cruzada para identificar quaisquer grupos vinculados à Rússia. Apesar dos esforços, não foi possível estabelecer se os grupos estão trabalhando com o governo russo.

Telegram é a principal ferramenta para arrecadar fundos

O estudo revelou que os grupos estão oferecendo alternativas para doações através do Telegram. Além de apoiar grupos de milícias afiliados à Rússia, os fundos arrecadados financiam treinamentos de combate próximos à fronteira ucraniana e a compra de equipamentos de imagem térmica e rádios.

De acordo com um relatório da CNBC, o Centro de Coordenação de Ajuda da Novorossia reuniu cerca de US$ 21.000 em criptomoedas, principalmente Bitcoin, com a intenção de comprar drones para apoiar as operações russas.

Um dos grupos envolvidos foi identificado como Força-Tarefa Rusich, que o Departamento do Tesouro dos EUA descreveu como um “grupo paramilitar neonazista”. 

De acordo com o chefe de assuntos jurídicos e governamentais da TRM Labs, Ari Redbord, esses grupos provavelmente estão usando exchanges que nem sempre aderem aos padrões de conformidade, antilavagem de dinheiro e outros.

Preocupação com novas sanções da UE

A Rússia está enfrentando inúmeras sanções após a invasão da Ucrânia. O principal objetivo é obstruir o acesso da Rússia ao sistema financeiro global. Entretanto, nos últimos meses aumentaram as preocupações com a possibilidade da Rússia optar por criptomoedas para evitar as sanções.

Fontes disseram à Bloomberg que as novas sanções se estendem às criptomoedas, limitando as empresas europeias a oferecer serviços de carteira, conta ou custódia de criptomoedas a cidadãos russos e entidades sediadas na Rússia.

Em reação às restrições impostas, o Ministério das Finanças da Rússia (Minfin) observou recentemente que estava pronto para apoiar qualquer legislação que apoie o uso de stablecoins. Um dos obstáculos que a Rússia pode estar enfrentando no uso de criptomoedas é a falta de liquidez para combater a magnitude das sanções.

Um funcionário russo confirmou em setembro que as agências russas trabalhavam para elaborar regulamentos amigáveis ​​às criptomoedas.Ivan Chebeskov, do Departamento de Política Financeira do Ministério das Finanças, afirmou que uma lista de moedas e nações contrapartes para uma estrutura de liquidação seria descrita no projeto.

“Acho que uma parte interessante dessa história é que a criptomoeda é apenas uma forma de pagamento nesses casos. É uma forma de movimentar fundos. E há um exemplo de uso para o bem e um exemplo de uso para o mal neste contexto”, disse Redbord.

Sanções mais severas

Nesta quinta-feira, 6, a União Européia aprovou o oitavo pacote de sanções à Rússia ampliando as restrições a serviços e carteiras de criptomoedas a todos os cidadãos russos.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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