A expectativa é grande para o quarto halving do Bitcoin. Sem uma data exata, pois ocorre a cada 210 mil blocos minerados, analistas estimam que deve acontecer próximo do dia 22 de abril.
O halving, que significa “reduzir pela metade”, é o corte na emissão de novos Bitcoin por cada bloco minerado. A ação diminui a oferta com objetivo de manter a inflação da maior criptomoeda.
Hoje os mineradores de Bitcoin são recompensados com 6,25 BTC e após o halving de 2024 a recompensa será de 3,125 BTC para cada bloco processado.
Quando o Bitcoin foi criado, também foi incorporado ao código da criptomoeda o limite de 21 milhões de BTC em circulação no mundo. A taxa de geração de novas moedas é programada para diminuir a cada quatro anos, até alcançar o número máximo estabelecido.
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Mercado espera alta de preço
Com uma oferta menor, demanda maior e histórico de valorização após os últimos três halvings, investidores e holders esperam uma alta na cotação do Bitcoin.
A recente popularidade após aprovação do ETF à vista de Bitcoin nos Estados Unidos, expectativa de redução de juros do BC americano nesta semana, apetite ao risco e a busca por produtos inovadores também são fatores que devem impulsionar ainda mais a procura pela criptomoeda.
Segundo análise do Mercado Bitcoin (MB) essa redução tem um efeito prático, de maneira fundamentalista, tendo como perspectiva a relevância da mineração: no primeiro halving, em 2012, era possível identificar um vendedor compulsório, com custos de maquinário e energia.
“O mercado cripto ainda não era tão desenvolvido, quanto é atualmente, e esses mineradores expressavam uma forte influência no meio. Quando a recompensa aos mineradores é reduzida à metade, o fluxo do Bitcoin diminui proporcionalmente, o que permite que o mercado experimente maior concorrência.”
Nos dois últimos halvings (2016 e 2020, respectivamente), os mineradores tiveram menor impacto: segundo dados do MB Research, do volume total negociado de bitcoin nestes anos, menos de 2% eram extraídos do processo de mineração. De 2020 a 2024, essa relevância se reduz a menos de 0,5%. Assim, a expectativa para o evento se dá por meio quase que exclusivamente de narrativa.
“É como se o halving fosse uma campanha publicitária de forte escalabilidade e alto impacto, que acontece a cada quatro anos: o mundo inteiro está presente e olhando para isso. Essa expectativa que é criada aumenta muito a exposição da moeda”, destaca o head de Research do MB, André Franco.
Crescimento exponencial
Ao analisar ciclos passados, neste período de 90 dias pré-halving e o momento de pico pós-halving, é possível identificar um salto nos investimentos.
De acordo com informações do MB Research, em 2012, o Bitcoin era avaliado em US$ 12,25, e chegou a atingir US$ 1.132,00 no pico do ciclo; em 2016, o valor da moeda, antecipadamente ao evento, era de US$ 455,18 e, após, US$ 19.188,00.
Em 2020, o Bitcoin representava US$ 8.755,00 e, no momento de pico pós-halving, alcançou o marco de US$ 69.000,00.
Entretanto, não é possível estimar o quanto o ativo irá se valorizar este ano. Isso porque, segundo André Franco, as expectativas caminham conforme as análises de períodos passados, mas as porcentagens de subida do ativo são voláteis.
A projeção mais razoável é que o ano de 2024 deve se caracterizar como um momento positivo para o mercado cripto, ao passo que 2025 possui perspectivas ainda mais animadoras para o investidor de longo prazo, destaca Franco.
“Aos que desejam iniciar a jornada de investimentos ou aumentar a exposição ao risco por ativos, o cenário não se constitui de maneira favorável apenas para a criptomoeda principal. A indicação do MB Research é que o foco esteja, também, em Ethereum e altcoins, que costumam acompanhar a possível valorização do Bitcoin.”
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