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Ladrão que rouba ladrão: hackers fisgam outros criminosos e furtam Bitcoin na deep web

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Criminosos que usam a deep web para lavar Bitcoin roubado estão sendo alvo de hackers
  • Eles usam a rede Tor para interceptar criptomoedas enviadas a serviços de mixing
  • Os hackers chegaram a controlar 23% das comunicações do navegador
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O uso de serviços na deep web para lavagem de Bitcoin é comum entre criminosos virtuais. No entanto, especialistas descobriram que muitos deles podem estar sendo alvo de outros hackers.
Segundo o especialista em segurança conhecido pelo pseudônimo Nusenu, esses hackers vêm utilizando o navegador anônimo Tor para atrair os golpistas. Em um estudo detalhado, Nusenu mostra que uma parcela considerável da rede Tor vem sendo controlada há meses. O pico foi em maio, quando mais de 23% de todos os nós de saída estavam sendo monitorados. A análise mostra que eles visam principalmente os serviços de mixing de criptomoedas. Esse tipo de plataforma é muito usado na deep web para esconder fundos provenientes de golpes virtuais. Os mixers recebem Bitcoin de diversas pessoas, misturam tudo, e devolvem as mesmas quantias de remetentes aleatórios. Dessa maneira, os BTCs frutos de ransomware ou invasões a exhanges ficam mais difíceis de serem rastreados. No entanto, os hackers da deep web se aproveitam justamente desses serviços para atuar. Participe da nossa Comunidade de Trading no Telegram para acessar sinais exclusivos de negociação, conteúdo educacional, discussões e análises de projetos!

Hackers roubam Bitcoin no mixing da deep web

Segundo o especialista em segurança, os hackers executam um ataque conhecido como “man-in-the-middle”. Ele consiste em interceptar as comunicações entre dois servidores para ler ou manipular os dados trafegados. No caso dos mixers, os hackers forçam o usuário a entrar na versão HTTP do site, que não tem proteção. Em seguida, passam a controlar a informação enviada para o serviço. O segredo está na hora de informar o endereço de recebimento dos BTCs após a “lavagem”.
Parece que [os hackers] buscam principalmente sites relacionados a criptomoedas, isto é, serviços de mixing de bitcoin. Eles substituíram os endereços bitcoin para redirecionar as transações para suas carteiras, em vez do endereço bitcoin fornecido pelo usuário.
Dessa forma, o criminoso pode enviar o Bitcoin roubado aos mixers na deep web, mas nunca os receber de volta. Dada a origem dos valores, eles tampouco podem acionar alguma autoridade para investigar o caso. Segundo Nusenu, os hackers da deep web chegaram a ser removidos em junho, mas já voltaram à atividade. Seu nível de controle sobre a rede Tor reduziu, mas se estima que ainda monitorem mais de 10% do tráfego de saída do navegador.
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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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