Pesquisas feitas sobre os termos “token não fungível (NFT) ” e “metaverso” estão em forte queda, segundo o Google Trends.
Apesar de não ser uma ferramenta específica sobre o mundo cripto, o Google Trends é usado como base em análises para determinar o nível de popularidade de um ativo ou segmento do mercado. Um aumento no número de pesquisas indica um interesse cada vez maior, o que pode refletir em uma alta de preços ou expansão da base de usuários do termo pesquisado.
Entretanto, o aposto tem acontecido tanto para NFTs como para o metaverso, tanto no Brasil como no mundo. Entre os brasileiros, o termo token não fungíveis alcançou um ápice de pesquisas na última semana de janeiro deste ano, atingindo um score de 100 pontos. Desde então, cada vez menos interesse tem sido depositado sobre esses ativos, que atualmente possuem um score de apenas 28 pontos.
Com um histórico bem menor de pesquisas, metaverso teve dois ápices de interesse no Brasil. O primeiro foi no final de outubro e começo de novembro do ano passado, quando o termo atingiu 11 pontos, superando inclusive as pesquisas por NFT. Não por coincidência, foi neste período que a tecnologia passou a estar em alta globalmente, após a mudança de nome do Facebook para Meta.
O segundo grande número de pesquisas sobre o termo foi realizado na metade de dezembro, quando o score de 22 foi alcançado. Este interesse tem caído desde então, com o score atual sendo de apenas 5 pontos.
Mercado NFT em consolidação
O mercado de tokens não fungíveis teve uma grande explosão de crescimento em 2021, movimentando cerca de US$ 25 bilhões durante o ano. Em 2020, este montante era inferior a US$ 100 milhões, segundo o DappRadar.
Apesar da recente queda no número de pesquisas, a indústria NFT dá sinais de consolidação, indicando que mesmo que a euforia em relação a esses ativos esfrie, já existe um mercado estabelecido que continuará em operação. Isso é visto especialmente nos setores de games e esportes.
O Axie Infinity, popular jogo play-to-earn que possui uma grande comunidade de usuários no Brasil, ultrapassou a marca de US$ 4 bilhões na venda de seus NFTs no mês passado. Já na esfera de esportes, uma pesquisa feita pela Deloitte projetou que mais de cinco milhões de fãs terão NFTs de seus times, atletas ou ligas preferidas até o final deste ano.
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Metaverso é moda passageira?
Ao contrário do mercado NFT, ainda há uma grande divergência de opiniões em relação ao metaverso, especialmente entre grandes empresas e a comunidade de usuários. Por um lado, desde o anúncio que o Facebook passaria a focar nesta tecnologia, grandes companhias passaram a estudar e criar iniciativas próprias neste meio, como é o caso da Apple, Microsoft e até mesmo o McDonald´s.
Segundo o banco JP Morgan, que já conta com um espaço virtual próprio, este mercado pode chegar a movimentar trilhões de dólares nos próximos anos. No entanto, boa parte dos indivíduos comuns parece não compartilhar de tanto entusiasmo sobre a tecnologia.
Um estudo recente mostrou que quase 80% dos entrevistados não possuem confiança em usufruir de um metaverso criado pela Meta. Em redes sociais, diversos usuários ainda não veem sentido em realizar tantos investimentos em um mundo de realidade virtual.
No entanto, NFTs são vistos como um recurso fundamental para a capitalização do metaverso, e o crescimento de um mercado pode influenciar diretamente no sucesso do outro.
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