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GTX 1650 Super e mais placas de vídeo caem até 30% no Brasil com BTC em baixa

3 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Placa de vídeo mais procurada do Brasil cai 30% em dois dias.
  • Outros modelos seguem mesmo ritmo em meio ao interesse menor por mineração.
  • China e dólar mais barato estariam por trás de movimento no mercado.
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Gamers podem comemorar a queda do Bitcoin: o mercado de placas de vídeo já mostra sinais na redução do interesse por mineração e produtos ficam até 30% mais baratos no Brasil.

Esse é o caso, por exemplo, da placa de vídeo GeForce GTX 1650 Super, linha da Asus que usa a GPU da Nvidia, uma das mais buscadas das últimas semanas no país segundo dados do Google.

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Em consulta ao site Vigia de Preço, o produto aparece com preço médio de R$ 1.799 nesta terça-feira (22), cerca de 30% a menos que os R$ 2.500 registrados apenas dois dias antes.

Já a GeForce GTX 1050Ti de 4GB fabricada pela PCYes é negociada por preço cerca de 25% menor do que na semana passada, período em que caiu de R$ 3.160 para atuais R$ 2.350. O recuo, porém, ainda não é o mesmo visto em junho, quando a placa de vídeo chegou a cair mais da metade, para menos de R$ 1.500.

O fenômeno não atinge com a mesma força todas as placas de vídeo assediadas por mineradores de criptomoedas. A Geforce Gtx 1660 de 6 GB da Galax, por exemplo, disparou de preço nos últimos dias com preço médio pulando de R$ 1.348 para R$ 5.644, de acordo com o Vigia de Preço.

Preço da placa de vídeo GeForce GTX 1650 Super caiu 30% nos últimos dias no Brasil. Fonte: Vigia de Preço.

O que impulsiona o barateamento de placas de vídeo

Segundo o periódico chinês South China Morning Post, a queda de preços no mercado de placas de vídeo é uma consequência direta das ações do governo local contra a mineração de criptomoedas.

Após alerta no mês passado, as autoridades passaram a coibir a atividade de mineração em diversas províncias, inclusive ameaçando cortar energia elétrica de fazendas que se negarem a cumprir as normas.

A iniciativa contra mineração é apontada como um dos catalisadores da forte queda de preço do Bitcoin, que já despenca cerca de 55% da máxima ao ser negociado na região de US$ 29.000 nesta terça-feira (22).

mineração china

Em conjunto, os dois fatores reduzem o interesse na compra de equipamentos de mineração em geral, incluindo placas de vídeo compatíveis com criptomoedas como o Ethereum (ETH), que já recua quase 60% da máxima de US$ 4.356, para US$ 1.772 nesta tarde.

Segundo um levantamento feito pelo site especializado Tom’s Hardware, algumas placas de vídeo chegaram a recuar até 45% nos EUA de maio para junho.

  • MSI GeForce RTX 3080 Ti Gaming X Trio: de US$ 2.273 para US$ 2.165, queda de 5%
  • MSI GeForce RTX 3070 Gaming X Trio: de US$ 1.624 para US$ 1.237, queda de 24%
  • Colorful iGame GeForce RTX 3060 Ultra OC: de US$ 1.121 para US$ 711, queda de 33%
  • Asus TUF Gaming GeForce RTX 3060 OC Edition: de US$ 1.531 para US$ 835, queda de 45%

No Brasil, além do mercado em escala global, entra em jogo também a queda do dólar, cuja cotação costuma influenciar nos preços de eletrônicos em geral, incluindo placas de vídeo. Nos últimos 30 dias, a moeda americana desvalorizou cerca de 8,2% perante o real, indo de R$ 5,47 para atuais R$ 5,02.

Nvidia muda de estratégia e vai ofertar equipamentos específicos para mineração

Enquanto a procura por placas para mineração cessa, a Nvidia anuncia que irá lançar linhas distintas para jogos ou mineração de criptomoedas.

A próxima geração de placas de vídeo da Nvidia, que inclui GeForce RTX 3080 Ti e RTX 3070 Ti, terá bloqueio para mineração para forçar consumidores deste segmento a adotarem os novos processadores de mineração de criptografia (CMPs).

Esses modelos não são tão sofisticados quanto as placas de vídeo normais, mas são feitos especificamente para minerar criptomoedas.

Com a medida, a Nvidia espera não sofrer com a volatilidade do mercado, que já deixou a fabricante com estoque excedente no último ciclo de alta das criptomoedas, em 2017. Como consequência, a empresa teve que cortar sua previsão de vendas anuais, o que rapidamente impactou em uma perda de 20% no valor das ações da companhia na bolsa.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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