As exchanges de criptomoedas brasileiras estão bem posicionadas em um ranking global que mede um importante pilar para o combate à lavagem de dinheiro. Segundo um relatório de segurança divulgado na última quinta-feira (1), as corretoras do país tendem a dificultar fraudes com criptomoedas.
O levantamento foi realizado pela empresa de análise Ciphertrade com 800 empresas do setor de ativos digitais. A pesquisa leva em conta o que se chama de Know Your Costumer (KYC), conjunto de práticas de identificação de clientes.
No caso, o ranking envolve o quanto cada corretora consegue obter de informação sobre a identidade de quem opera com criptomoedas. A ideia é que, quanto maior esse nível, menores são as chances de haver lavagem de dinheiro na plataforma.
O Brasil aparece no grupo de países logo abaixo do nível “Ótimo” nesse quesito. Também estão no mesmo patamar as exchanges de criptomoedas da Argentina, Austrália, Canadá, China e Índia.
Segundo a Ciphertrace, as exchanges brasileiras estão ainda melhor posicionadas que as dos EUA, Itália e Alemanha, por exemplo. Entre os piores surgem a Rússia e diversos da Europa, como Noruega, Polônia e Irlanda.
Embora este relatório forneça informações valiosas sobre o potencial de lavagem de dinheiro com criptomoedas em um determinado país, o KYC é apenas um fator ao avaliar o risco geral de um provedor de serviços de ativos digitais.Um dos motivos pelo bom desempenho do Brasil é a LGPD. A nova lei, que entrou em vigor recentemente, forçou empresas a melhorarem seus sistemas de identificação. Embora a legislação ainda não preveja punição, exchanges dizem estar preparadas. Enquanto isso, um novo Projeto de Lei visa apertar mais ainda a regulação no setor. Como comprar Bitcoin e entrar no grupo de sinais gratuito do BeInCrypto
Exchanges de outros países da América Latina estão melhores que brasileiras
Apesar do bom posicionamento do Brasil, exchanges de outros países na América Latina aparecem à frente no ranking. México, Venezuela, Colômbia, Peru e Paraguai são classificadas com alto nível de KYC. Dessa maneira, a região como um todo está à frente do resto do mundo. As exchanges da Europa, por outro lado, são as que pior pontuam em conjunto de países. Esse seria, inclusive, um dos motivos pelos quais esquemas brasileiros acabam levando criptomoedas ao exterior para fugir de autoridades.Isenção de responsabilidade
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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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