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Ex-CEO da Celsius é preso e acusado de fraude com criptomoedas em Tribunal Federal de Nova York

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Atualizado por Aline Fernandes

EM RESUMO

  • Ex-CEO da Celsius, Mashinsky, é preso em Nova York.
  • O executivo que ajudou a fundar e a falir a empresa é acusado de fraude e manipular informações para atrair investidores
  • Ele acumula processos em três agências reguladores americanas: SEC, Commodity Futures Trading Commission e a Federal Trade Commission.
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Alexander Mashinsky foi preso nesta quinta-feira em um tribunal federal de Nova York, acusado de tentar manipular criptomoedas quando comandava a Celsius. O executivo que ajudou a fundar e falir a empresa responderá por fraude e por manipular informações para atrair investidores.

Damian Williams, procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, e Christie M. Curtis, diretor assistente interino em Nova York do FBI, acusaram Alexander Mashinsky de fraude. Mashinsky é fundador e ex-CEO da Celsius Network LLC e suas entidades afiliadas.

As acusações incluem fraude de valores mobiliários, fraude de commodities e fraude eletrônica por ludibriar clientes e enganá-los sobre aspectos centrais da empresa. Isso inclui o sucesso da Celsius, sua lucratividade e a natureza dos investimentos que a empresa fez usando fundos de clientes. 

Roni Cohen-Pavon, ex-diretor de receita da Celsius, também foi acusado de conspiração, fraude de valores mobiliários e manipulação de mercado.

O procurador dos EUA, Damian Williams, falou há pouco durante a coletiva de imprensa.

“Exatamente um ano atrás, a Celsius Network, uma plataforma de criptoativos que, em seu auge, administrou aproximadamente US$ 25 bilhões em ativos de clientes, entrou com pedido de proteção contra falência no Distrito Sul de Nova York. Ao longo do ano passado, trabalhamos rapidamente para chegar ao fundo do que levou ao colapso da Celsius e entender como uma plataforma que se anunciava como o ‘lugar mais seguro para sua criptomoeda’ poderia ter deixado investidores com bilhões de dólares em perdas”, disse Williams.

Que deixou claro o esforço do departamento de justiça americano para erradicar os crimes com criptoativos. “Mas a mensagem que enviamos hoje é bastante simples: se você roubar investidores comuns para encher seus próprios bolsos, nós o responsabilizaremos. Seja uma fraude da velha escola ou algum esquema de cripto da nova escola, não importa nem um pouco. É tudo fraude para nós. E estaremos aqui para pegá-lo. Se você roubar investidores comuns para encher seus próprios bolsos, nós o responsabilizaremos”, concluiu.

O diretor-adjunto interino do FBI, Christie M. Curtis, reforçou a fala de William e ressaltou que “o FBI continuará a garantir que qualquer pessoa que cometa fraude e engane o público por meio de declarações falsas sobre a posição ou prática financeira de uma empresa seja responsabilizada”.

Mashinsky ainda acumula processos em três agências reguladoras americanas pelo colapso da agora falida Celsius. A Securities and Exchange Commission (SEC), a Commodity Futures Trading Commission e a Federal Trade Commission.

Conforme uma reportagem da Bloomberg,os promotores afirmam que, de 2018 a junho de 2022, Mashinsky “orquestrou um esquema para fraudar clientes da Celsius Network LLC e suas entidades relacionadas”.

A exchange engrossa a lista de plataformas cripto que faliram em 2022 após supostamente usarem recursos financeiros dos clientes para alavancar outros investimentos, fraudes, manipulação de informações, entre outras acusações.

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Em janeiro, a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, disse que estava processando Alex Mashinsky por fraudar investidores em bilhões em criptomoedas. James acrescentou que 26.000 nova-iorquinos estavam entre as centenas de milhares de vítimas de Mashinsky.

Mashinsky prometia altos rendimentos com criptomoedas e, após o colapso da TerraUSD e início do inverno cripto, a exchange não tinha mais recursos para os clientes sacarem seus investimentos. Ele ajudou a fundar a empresa em 2017. A Celsius faliu em julho de 2022, quando pediu concordata e declarou um déficit de US$ 1,19 bilhão.

Falsas declarações

Para a SEC, o ex-CEO e a Celsius fizeram declarações falsas para encorajar investidores a comprarem o token, CEL, e colocar dinheiro no programa Earn Interest da empresa. Programa que prometia retornos de até 17% sobre os depósitos criptos dos usuários.

O executivo também é acusado pela SEC de manipular valores para que a Celsius parecesse muito bem financeiramente, idônea e com um caixa forte, algo que não refletia a realidade da empresa.

“Como ex-CEO da Celsius, Alex Mashinsky prometeu levar os investidores à liberdade financeira, mas os levou a um caminho de ruína financeira”, disse o procurador-geral. “A lei é clara que fazer promessas falsas e infundadas e enganar os investidores é ilegal”, disse em janeiro a procuradora-geral de Nova York.

Até o momento nem o advogado do ex-CEO e nem a Celsius se manifestaram.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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