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EUA condena celebridade que aplicava golpes de phishing com cripto

2 mins
Atualizado por Chris Goldenbaum

EM RESUMO

  • A justiça dos EUA condenou um golpista que liderava um golpe de phishing a oito anos de prisão.
  • Ele usava criptomoedas para esconder o dinheiro roubado.
  • Natural da Nigéria, Olalekan Jacob Ponle era uma celebridade no país.
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Promotores federais em Illinois, nos EUA, condenaram um golpista cripto da Nigéria a oito anos de prisão federal por planejar um esquema de phishing multimilionário. O criminoso usava carteiras de criptomoedas para esconder e armazenar o dinheiro roubado.

Olalekan Jacob Ponle, que foi extraditado dos Emirados Árabes Unidos, onde residia, foi considerado culpado de vitimar empresas em toda a América. As informações são de um comunicado do Departamento de Justiça americano.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

Ele também usava os pseudônimos “Sr. Woodberry” e “Mark Kain” e aplicava golpes de phishing por e-mail para enganar as vítimas.

Golpista recebia dinheiro em Bitcoin

Ponle e seus co-conspiradores enganavam funcionários de empresas vítimas com instruções falsas. Em seguida, eles os instruíam a transferir dinheiro para contas bancárias controladas por mulas.

Fonte: MrWoodberry/Twitter

Os e-mails fraudulentos imitavam mensagens legítimas da empresa ou de contatos conhecidos. Ao todo, o golpe roubou mais de US$ 8,03 milhões em perdas reais, além de outros US$ 51,3 milhões em perdas pretendidas das vítimas.

“Mr. Woodberry” e seus associados são conhecidos mirarem em empresas nos estados de Iowa, Kansas, Michigan, Nova York, Illinois e Califórnia. Ponle instruiu as mulas a converter o dinheiro roubado em Bitcoin (BTC) e, depois, transferi-lo para uma carteira sob seu controle.

“Woodberry”, de 31 anos, era uma espécie de celebridade das redes social em seu país natal, a Nigéria. Ele se tornou conhecido por suas exibições extravagantes de riqueza e bens de luxo. Agora está mais claro o que sustentava um estilo de vida tão extravagante.

No dia 11 de julho, o juiz distrital Robert W. Gettleman, dos EUA, sentenciou Ponle a oito anos e quatro meses de prisão federal.

Gettleman também ordenou que Ponle pagasse mais de US$ 8,03 milhões em restituição às empresas vitimadas e entregasse itens de luxo comprados com os lucros. O governo já havia sequestrado 151 BTC vinculados aos crimes.

Crimes cripto caíram no início de 2023

Usar criptomoedas para ocultar seus ganhos ilícitos é um fenômeno que a aplicação da lei vê cada vez mais. No entanto, em seu mais recente relatório semestral, a Chainalysis observou uma queda de 65% nos fluxos ilícitos de criptomoedas, além de uma queda de US$ 3,3 bilhões nas receitas de golpes no acumulado do ano.

Além disso, a empresa de análises descobriu um aumento na transferência de dinheiro ilegal para fraudes de representação. Esta é uma das poucas áreas de crimes cripto que cresceram nos últimos seis meses.

Os Emirados Árabes Unidos, onde Ponle residia, foram rápidos em deportar o golpista para os Estados Unidos, apesar da falta de um tratado de extradição entre os dois países.

Antes conhecido como o paraíso dos gângsteres, o estado do Golfo redobrou seus esforços para não parecer confortável com o crime internacional. Na quarta-feira (19), os Emirados Árabes Unidos assinaram outro acordo de extradição com a Turquia para facilitar a deportação de criminosos estrangeiros.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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