Quando o mercado de criptomoedas vai se recuperar? Analistas opinam

4 mins
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • O analista Henrik Zerberg prevê um topo explosivo nos mercados dos EUA, esperando novos ATHs em ações e cripto.
  • O Bitcoin registra um aumento de 8% hoje, atingindo mais de US$ 55.000 e elevando as altcoins, sinalizando uma mudança de sentimento.
  • Os investidores compram na queda, com entradas significativas nos ETFs de ETH e volumes de trading substanciais para os ETFs de BTC.
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O analista de mercado e trader Henrik Zerberg prevê novos saltos nos mercados de criptomoedas e ações. Essa previsão vem após o crash da última segunda-feira (5), que viu mais de US$ 1 bilhão em posições cripto serem liquidadas.

O mercado de criptomeodas está registrando uma mudança no sentimento, com o Bitcoin subindo 8% hoje. Dessa forma, o ativo voltou a ficar acima de US$ 55.000, com a maioria das altcoins também em alta.

Mercado de criptomoedas seguirá em alta?

Zerberg prevê novas máximas históricas no mercado acionário dos EUA, bem como nas criptomoedas. Ele diz que o atual sentimento de baixa se transformará em uma forte euforia, o que deve gerarum topo explosivo.

“À medida que, nos próximos meses, atingirmos os ATHs no mercado acionário dos EUA e no BTC+ cripto, o atual sentimento de baixa se transformará em um forte sentimento altista e euforia – e os mercados dispararão! Vão me dizer que estou errado em relação à minha previsão de um topo iminente nos mercados dos EUA. Mas a recessão está chegando e terá início o maior mercado baixista desde 1929. Primeiro, o topo da explosão (nos mercados dos EUA!)”, escreveu Zerberg.

Leia mais: ETF de Bitcoin: vantagens e desvantagens de se investir em ETFs

No jargão cripto, um blow-off top é um termo de trading que descreve um padrão gráfico que mostra um aumento acentuado e rápido no preço e no volume de negociação do Bitcoin. Depois disso, ocorre uma queda acentuada e rápida no preço, acompanhada de alto volume. Os analistas interpretam as mudanças rápidas como significando que o mercado estava muito sobrecomprado.

A previsão de Zerberg ocorre depois que as vendas em pânico na segunda-feira se transformaram em compras por impulso. No entanto, Jack Mallers, um popular analista de mercado, atribui a liquidação à disponibilidade única de mercados abertos de Bitcoin à medida que a crise se intensificava.

“Nas crises, os mercados vendem o que podem, não o que querem. O Bitcoin está em baixa porque era o único mercado aberto para vendas no domingo à noite, e não porque a única oferta fixa de dinheiro que temos agora é menos valioso. O Bitcoin não está protegendo o sistema financeiro quebrado, ele o está substituindo”, explicou Mallers.

No auge da crise, a liquidez era necessária, e ela só poderia vir de um lugar em um domingo à noite. Dessa forma, a liquidez do Bitcoin o posicionou para perdas, já que os investidores tinham uma porta de entrada para sair do mercado. Essa explicação destaca o papel do Bitcoin no conserto do sistema financeiro.

“Os ativos líquidos sempre são liquidados primeiro em crises de liquidez. O Bitcoin é insanamente líquido… tente vender US$ 275 mil em ouro às 23h27 de um domingo”, disse Adam, um desenvolvedor de infraestrutura de mineração de Bitcoin.

Atualmente, os mercados já estão em modo de recuperação depois que os investidores de ETFs (fundos negociados em bolsa) aproveitaram a oportunidade para comprar na queda.

Investidores de ETFs e baleias voltam a comprar

Nesta terça-feira (6), o analista James Seyffart observou: “Os investidores de ETF, em conjunto, provavelmente compraram a queda do Ethereum hoje”.

De fato, os dados mostram que os ETFs da criptomoeda registraram até US$ 48,73 milhões em entradas líquidas, superando efetivamente os ETFs de Bitcoin, que tiveram US$ 168,44 milhões em saídas líquidas. O CIO da Bitwise, Matt Hougan, relatou entradas positivas nos instrumentos de ETF da empresa, IBIT para Bitcoin e ETHW, reconhecendo que os investidores de ETF compraram na queda.

“Tivemos entradas líquidas em nossos ETFs de Bitcoin e Ethereum hoje. Investidores de ETF comprando a queda”, escreveu Hougan.

Leia mais: ETFs de Ethereum – Entenda o que são e como funcionam

Notavelmente, os ETFs de Bitcoin testemunharam alguns dos volumes mais substanciais de trading em 5 de agosto, poucos minutos após a abertura da sessão nos EUA. O iShares ETF IBIT da BlackRock, em particular, ultrapassou US$ 1,55 bilhão em volume negociado na primeira hora de negociação de segunda-feira. O analista de ETF Eric Balchunas disse que isso era preocupante.

“Os ETFs de Bitcoin negociaram cerca de US$ 2,5 bilhões até agora, muito para as 10h45, mas não muito louco (histórico completo abaixo). Se você é um touro do Bitcoin, não quer ver um volume louco hoje, já que o volume do ETF em dias ruins é uma medida bastante confiável de medo. Por outro lado, a liquidez profunda em dias ruins é parte do que os traders e as instituições adoram nos ETFs. Você também quer ver volume, o que é bom para o longo prazo”, comentou Balchunas.

Além dos investidores em ETFs, as baleias também estão comprando Bitcoin com desconto. De acordo com um comunicado de imprensa compartilhado na segunda-feira, a empresa de saúde Semler Scientific adquiriu 101 tokens BTC. A empresa adotou recentemente uma tesouraria de Bitcoin, com a última compra elevando seu total de participações para 929 BTC.

A empresa começou a comprar Bitcoin no final de maio, adquirindo 581 BTC por cerca de US$ 40 milhões. Ela fez mais dois investimentos em Bitcoin em junho, emulando efetivamente o precedente estabelecido pela MicroStrategy de Michael Saylor. Até o momento, a empresa gastou US$ 63 milhões em compras de Bitcoin, integrando o Bitcoin de forma constante em suas operações de tesouraria.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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