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CEO da Binance: Stablecoins não podem focar somente no dólar

2 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Para o CEO da Binance, o maior uso de stablecoins não atreladas ao dólar seria benéfico para o mercado de criptomoedas.
  • Reguladores dos EUA estão cada vez mais de olho nas stablecoins.
  • Entre as 15 maiores stablecoins em valor de mercado, somente três não são pareadas ou lastreadas ao dólar.
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Para o CEO da Binance, Changpeng Zhao, o maior uso de stablecoins não atreladas ao dólar seria benéfico para o mercado de criptomoedas.

CZ comentou sobre diversos temas relacionados ao mercado em uma sessão de perguntas e respostas (AMA) no Twitter. Um dos principais foi o escrutínio que o Binance USD (BUSD) tem enfrentado nos Estados Unidos.  

Na semana passada, foi anunciado que a Paxos, empresa responsável pela emissão da stablecoin da Binance, estava sendo investigada no país. O motivo seria o fato da SEC interpretar o ativo como um valor mobiliário. 

Dias depois, o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York ordenou que a Paxos parasse de emitir o token. Como resultado, a Binance tem experimentado uma nova onda de saques em sua plataforma.

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CZ quer depender menos do dólar

Caso a SEC mantenha a sua convicção de que o BUSD, e demais stablecoins, devam ser classificadas como valores mobiliários, grandes impactos podem ser vistos no mercado cripto. Isso porque a maioria das empresas do setor, como a Binance a Paxos, não são licenciadas e não seguem as diretrizes estabelecidas pela SEC em relação a este tipo de ativo.

Dessa forma, CZ ressalta a importância do uso de stablecoins que estejam fora da jurisdição dos EUA. Em outras palavras, stablecoins que sejam lastreados em outras moedas, e não no dólar.

Apesar de já existirem diversos ativos que cumprem este papel, tendo inclusive stablecoins pareadas ao real brasileiro, seu uso ainda é irrisório quando comparado com as criptomoedas pareadas em dólar.

No ranking do CoinGecko das 15 maiores stablecoins em valor de mercado, somente três não são lastreadas a moeda norte-americana: o PAX Gold (PAXG) na 10º posição, o Tether Gold (XAUT) em 11º e o Euro Tether (EURT) em 14º lugar.  

Fonte: CoinGecko

Terra e FTX são os culpados

Os EUA nunca foram o país mais amigável quando o assunto é criptomoedas. No entanto, os reguladores locais parecem estar mais empenhados em fiscalizar e restringir essa indústria este ano. Além do escrutínio às stablecoins, a SEC também está de olho no segmento de staking, tendo multado a Kraken por oferecer esse tipo de serviço e potencialmente iniciado uma batalha contra a Coinbase.

De acordo com o CEO da Binance, este ímpeto das agências reguladoras se deve aos desastres causados pelo crash do ecossistema Terra (LUNA) e a falência da FTX. Os dois eventos ocorridos no ano passado geraram prejuízos bilionários para o mercado e seus agentes, fazendo diversas empresas declarar bancarrota.

Devido a isso, o governo local precisou ser mais rigoroso com a indústria cripto, na visão de CZ. Ele ainda disse que muitas instituições tradicionais do mundo das finanças preferiram deixar de cooperar ou não explorar as oportunidades que o mercado cripto tem a oferecer devido a essas incertezas regulatórias.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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