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Cameron Winklevoss acusa CEO da DCG de fraude e intensifica conflito Genesis – Gemini

2 Min.
Atualizado por Anderson Mendes

Resumo

  • O cofundador e atual CEO da Gemini divulgou uma carta aberta ao chefe executivo do Digital Currency Group (DCG), Barry Silbert.
  • Cameron acusa Silbert e o DCG de fraudar as operações da Gemini.
  • Conflito Gemini - Genesis parece longe do fim, podendo trazer consequências para todo o mercado.
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Em carta aberta divulgada nesta terça-feira (10), Cameron Winklevoss exige que Barry Silbert renuncie o cargo de chefe executivo do Digital Currency Group (DCG).

O cofundador e atual CEO da Gemini divulgou a carta em seu perfil no Twitter, com o texto contendo graves acusações contra Silbert e o modus operandi do DCG.

Winklevoss acusa o executivo de enganar a Gemini e o público em geral sobre a situação financeira da Genesis – corretora cripto comandada pelo DCG que entrou em grande crise após o colapso da FTX, precisando interromper seus saques em novembro de 2022.

Cameron ainda afirma que os empréstimos que a Genesis havia feito a Three Arrows Capital, antes do fundo hedge falir no ano passado, tinham intenções fraudulentas. Na visão do empresário, o DCG saiu beneficiado pois o dinheiro obtido pela 3AC era convertido para ações do fundo Bitcoin Investment Trust (GBTC), da Grayscale – empresa também controlada pelo DCG. Dessa forma, o preço do GBTC continuaria em alta.

Outro indicio de fraude, segundo o CEO da Gemini, é que essas movimentações não foram registradas como negociações de derivativos arriscados”, mas sim como empréstimos garantidos. Dessa forma, o DCG conseguiu maquiar seus balanços financeiros. Por fim, ele afirma que as declarações de que o Digital Currency Group injetou US$ 1,2 bilhão na Genesis são falsas, com a empresa não tendo dado “nem um centavo” para a corretora.

Conflito Genesis – Gemini longe de uma solução

Antes de entrar em crise, a Genesis era a maior parceria do Gemini Earn, serviço que oferecia uma renda passiva de até 8% ao ano. Para conseguir pagar esta rentabilidade, a exchange emprestava os fundos dos seus clientes para a Genesis, que prometia uma taxa de juros ainda maior.

Com a Genesis interrompendo seus saques em novembro, a exchange fundada por Cameron e seu irmão Tyler precisou fazer o mesmo, impedindo seus usuários de resgatar os fundos depositados no serviço. A decisão não agradou os clientes, com um processo sendo aberto contra os gêmeos em Nova York.

Na semana passada, o CEO interino da Genesis, Derar Islim, afirmou que a companhia precisa de mais tempo para solucionar sua crise e pagar os seus credores. Fontes afirmam que a corretora busca um empréstimo de US$ 1 bilhão para resolver seus problemas de liquidez.

No entanto, Tyler parece não estar disposto a esperar, muito menos em negociar com Silbert e sua equipe. Na carta, ele afirma que “não há caminho a seguir” enquanto o executivo estiver na liderança do DCG, acrescentando que somente uma nova administração será capaz de encontrar uma solução que seja benéfica tanto para a Genesis como para a Gemini.

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Consequências ainda maiores

Uma não resolução entre o conflito Genesis – Gemini pode trazer consequências para todo o mercado cripto, em especial pelo nível de influência que o DCG possui na indústria. A empresa possui atuação em diversos segmentos, sendo a controladora de grandes negócios como o aplicativo Luno e a plataforma de mídia Coindesk.

No entanto, o maior risco está em relação ao Grayscale. O DCG pode ser obrigado a vender suas posições nos fundos da gestora caso tenha que arcar com as dividas da Genesis, o que impactaria negativamente o preço de diversas criptomoedas.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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