Mineradores do Bitcoin (BTC) detêm cerca de 10% da oferta atual da criptomoeda, menor porcentagem registrada desde 2010.
Dados do IntoTheBlock mostram que o número de BTC em posse das grandes empresas de mineração atingiu a marca de 1,92 milhão no último domingo (2). Apesar dessa quantia representar um percentual considerável da oferta circulante da criptomoeda, ela é a menor já registrada desde fevereiro de 2010.
Vale registrar que este fenômeno não é algo novo, visto que as reservas de Bitcoin dos mineradores estão diminuindo desde setembro de 2012, quando o número registrado era de 3,1 milhões de BTC. Porém, o montante total só passou a ficar abaixo dos 2 milhões de BTC a partir do dia 13 de junho deste ano.
Motivos para a queda
Olhando no longo prazo, a principal razão para as grandes mineradoras terem cada vez menos Bitcoin em seus balanços é o halving. O evento, que ocorre a cada quatro anos, corta pela metade a recompensa em BTC oferecida pela mineração de um novo bloco na blockchain.
Porém, as fortes quedas de preço do ativo este ano forçaram algumas empresas deste setor a vender suas reservas para cobrir seus custos operacionais ou financiar suas expansões. Em junho, os mineradores chegaram a vender US$ 300 milhões em BTC em um único dia.
Apesar disso, as grandes mineradoras ainda possuem saldos consideráveis em suas contas. Mesmo com o Bitcoin acumulando uma desvalorização de mais de 50% no ano, o valor em posse dos mineradores ainda está próximo dos US$ 40 bilhões, porcentagem bem menor quando comparada a máxima histórica de US$ 59 bilhões vista em abril de 2021 – na ocasião, o preço do BTC era de US$ 60.000, muito longe dos US$ 19.955 atuais.
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Mineração de Bitcoin cada vez mais competitiva
Apesar da mineração de Bitcoin não ser mais tão lucrativa quanto no ano passado, este segmento segue a pleno vapor. A taxa de hash e a dificuldade para minerar novos blocos atingiram novas máximas históricas nas últimas semanas, mostrando que este mercado está cada vez mais disputado.
Devido a isso, mineradores individuais e até mesmo algumas empresas estão tendo dificuldades para concorrer com as grandes companhias desta indústria. A pool de mineração Poolin, por exemplo, precisou congelar saques no início de setembro, alegando problemas de liquidez.
Outros diversos mineradores menores suspenderam suas atividades por não estarem mais conseguindo ter lucro, aumentando as preocupações de que a mineração de Bitcoin se torne um segmento cada vez mais centralizado em grandes empresas.
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