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Mineradores despejam US$ 300 mi em BTC em um dia

2 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • US$ 300 milhões foram retirados de uma carteira de um único minerador na semana passada.
  • Forças macroeconômicas e um preço mais baixo do BTC estão dificultando os mineradores menores.
  • À medida que mais mineradores menores capitulam, isso melhora o custo de energia por Bitcoin para mineradores maiores.
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Grandes mineradores de Bitcoin (BTC) precisaram vender grandes quantidades do ativo para cobrir seus custos operacionais.

Mais de US$ 300 milhões em BTC foram transferidos de uma carteira em um único dia na semana passada, com as últimas semanas representando as maiores vendas desde janeiro de 2021.

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A pressão da inflação crescente e dos altos preços das tarifas de energia forçou muitos mineradores de BTC a vender sua reservas. As demissões de executivos-chave da Compass Mining, o aumento dos empréstimos da Bitfarms e a oferta de Sam Bankman-Fried para comprar empresas de mineração em dificuldades também são sinais de que está indústria como um todo está enfrentando dificuldades.

O preço do Bitcoin, embora tenha subido de cerca de US$ 17,5 mil em junho, ainda é 70% menor do que seu recorde alcançado em novembro de 2021, de mais de US$ 69 mil. Embora grande parte de seu declínio tenha sido interrompido, as margens dos mineradores caíram de 80% para 50% no preço atual de cerca de US$ 22 mil.

Core Scientific vende 7.000 BTC

A Core Scientific, com sede no Texas, vendeu pelo menos 7.202 Bitcoins em junho, por cerca de US$ 23 mil por moeda, enquanto a Bitfarms vendeu 3.000 BTC para ajudar a fortalecer seu balanço.

O CEO da Core Scientific, Mike Levitt, disse à CNBC que, embora a empresa minere criptomoedas, ela precisa pagar contas em dólares. A companhia usou alguns dos fundos recuperados no valor de US$ 167 milhões para comprar novos ASICs de mineração, computadores construídos especificamente para essa atividade, e expandir os data centers da empresa. A Core também usou os fundos para pagar suas dívidas.

Pequenos mineradores cedem sob pressão

A queda no preço do Bitcoin e as pressões macroeconômicas também beneficiam os players mais proeminentes às custas dos pequenos operadores. Quando o ativo caiu 50% em 2014, de US$ 500 no final de 2013, muitos mineradores saíram do setor à medida que os equipamentos se tornavam desatualizados e suas margens diminuíam.

Em um ambiente de baixos preços de energia, as economias de escala expulsam mineradores menos eficientes, deixando mais do hashrate global do Bitcoin (poder de computação por segundo) para as empresas maiores abocanharem. O hashrate global diminuiu 15% no último mês, abrindo mais espaço para empresas como a Core Scientific.

À medida que o hashrate global diminui, o algoritmo do Bitcoin reduz a dificuldade de mineração. Essa redução na dificuldade reduz o poder de computação necessário para minerar um único BTC, economizando o dinheiro das empresas maiores em relação ao consumo de energia.

Os custos de energia também podem afetar a Celsius Network, o credor de criptomoedas que recentemente entrou com um pedido de falência. A empresa pediu ao juiz em sua audiência de falência para permitir a mineração de BTC para pagar seus clientes.

A Celsius possui mais de 80.500 ASICs de mineração no valor de aproximadamente US$ 750 milhões. No preço atual da criptomoeda, a empresa teria que minerar 53.000 BTC para poder pagar seus clientes. Atualmente, ela consegue extrair 14,2 BTC por dia.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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