A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o primeiro ETF de Ethereum a ser negociado em uma bolsa de valores na América Latina.
O fundo de índice QETH11 vai investir 100% do capital em ETH, nos mesmos moldes do QBTC11, primeiro “puro sangue” de Bitcoin da região, ambos da gestora brasileira QR Asset. A aprovação da CVM veio no dia 28 junho, mas foi divulgada apenas na noite da última terça-feira (13).
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O ETF permitirá ao brasileiro ganhar exposição ao ETH por meio de corretoras e aplicativos de home broker, assim como ocorre com ações e demais fundos de índices negociados na B3.
O produto é voltado para o investidor que deseja comprar cripto sem precisar criar conta em exchanges ou se preocupar com segurança. A custódia é feita em deep cold storage, em dispositivos de hardware sem conexão com a Internet, em serviço ofertado pela americana Gemini, dos bilionários Winklevoss.
O QETH11 replica o preço do Ethereum seguindo o índice CME CF Ether Reference Rate, utilizado pela Chicago Mercantile Exchange Group, maior bolsa de derivativos do mundo.
Ethereum
O fundo de Ethereum é apenas o segundo das américas, após lançamento de produtos similares no Canadá. A novidade vem em momento de grande expectativa para a segunda maior criptomoeda do mundo, que prepara uma importante atualização na primeira semana de agosto.
Dentro de poucos dias, o ETH se tornará deflacionário, já que taxas da rede passarão a ser queimadas. Além disso, espera-se um impacto positivo nos preços para transacionar na rede, abrindo caminho para pequenos investidores aderirem a protocolos DeFi que rodam na blockchain Ethereum.
As mudanças são vistas como uma etapa intermediária para o sucesso da Ethereum 2.0, que pretende mudar totalmente o sistema de consenso para a prova de participação, em que a mineração é substituída pelo staking de ETH.
A proposta, no entanto, vem sendo fortemente criticada por mineradores, que veem a possibilidade de redução de ganhos pelo trabalho de validação de transações.
ETF de Bitcoin
O lançamento do QETH11 vem cerca de um mês após o lançamento do ETF de Bitcoin da QR Asset na B3. O QBTC11 decepcionou na estreia após um movimento negativo no mercado com um todo. O apetite segue baixo desde então, com apenas R$ 15 milhões adicionados nos últimos 20 dias.
A QR Asset, no entanto, aponta que o pregão de segunda-feira (12) registrou recorde de negociação do ETF de Bitcoin, com trade de 3,861 milhões de cotas e movimentação de R$ 41,884 milhões.
Em breve, o QBTC11 também será acompanhado pelo BITH11, primeiro fundo 100% Bitcoin da Hashdex e que visa compensar emissões da mineração.
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