Acontece nesta sexta-feira (24) a bitconf 2023. O evento, que conta com grandes nomes do mercado, já entrou para a história ao ser a primeira conferência cripto com tradução simultânea em língua de sinais para Web 3, desenvolvida pelo programa brasileiro Blockdeaf
A iniciativa se deve às parcerias firmadas com a Blockdeaf e a uShark. A Bitconf promove a tradução de palestras para a língua brasileira de sinais (Libras) desde 2018, mas a edição deste ano inovou ao ser a primeira 100% traduzida com língua de sinais para Web3.
Vale lembrar que no Brasil, há mais de 10 milhões de pessoas surdas. O país tem sido pioneiro na inserção deste grupo no mundo cripto-Web3, com a Blockdeaf tendo criado a primeira língua de sinais para a próxima revolução da internet recentemente.
A repórter do BeInCrypto Aline Fernandes entrevistou alguns dos participantes da Bitconf. Confira a seguir os principais destaques.
CEO da token.com comenta os últimos acontecimentos do mercado
Willian Ou, CEO da token.com, foi o primeiro palestrante do evento. Após realizar sua palestra, com o tema “Rumo ao primeiro bilhão de pessoas em cripto”, o empresário conversou com Fernandes sobre os últimos acontecimentos do mercado cripto.
Referente ao cenário cripto nacional, ele comentou sobre o infeliz episódio envolvendo jogadores do Palmeiras. Ou enfatizou que a prática de golpes e pirâmides financeiras não é uma exclusividade das criptomoedas, sendo algo visto muito antes da criação do Bitcoin.
“Eles [golpistas] usam cripto como pano de fundo porque cripto vende. Está no hype. Quando alguém oferta no mercado uma garantia de retorno em cripto, é preciso desconfiar. As criptomoedas oscilam bastante. Quem investe tem que entender que vai haver oscilação de preços. Não há ganho garantido”.
O palestrante ainda comentou sobre a crise dos bancos e o aumento dos juros nas principais economias do mundo. Apesar de concordar com a tese de que esses movimentos prejudicam os ativos de renda variável, como as criptomoedas, ele acredita que o enfraquecimento do sistema fiduciário pode gerar uma migração de capital para a indústria cripto.
“As pessoas podem pensar: se os bancos quebrarem, onde eu vou colocar meu dinheiro? Vou para cripto, pois cripto não é centralizado. Satoshi Nakamoto não irá quebrar o Bitcoin”
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Ministério da Justiça está de olho nas criptomoedas
Aline também conversou com Ricardo Blattes, Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. Ele comentou sobre os desafios que o governo tem tido em relação ao mercado de criptomoedas.
“O mercado cripto ainda não tem dados. Se perguntar para a base da proteção do consumidor do Brasil, a rede de Procons e defensorias públicas, há muita preocupação e pouca informação sobre este setor.”
O diretor ressalta a necessidade de regulamentação da indústria, dizendo que defende que as criptomoedas sejam inseridas na “cesta de produtos” que o Ministério da Justiça lida. “Precisamos dar segurança e informação para a parte da população brasileira que tenha interesse nesses ativos”, disse Blattes.
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