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Mineradores de Bitcoin podem migrar para IA, afirma Coinshares

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Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • O relatório da CoinShares destaca as mudanças emergentes no cenário da mineração de Bitcoin após o halving.
  • O aumento dos custos operacionais leva as mineradoras a explorar fluxos de receita alternativos, como a IA.
  • As adaptações incluem a realocação para áreas com recursos energéticos ociosos e a integração de IA.
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Na esteira do mais recente halving do Bitcoin, surge uma mudança significativa no cenário da mineração de criptomoedas, diz uma pesquisa da CoinShares.

Como o halving reduz a taxa e emissão de novos BTC em 50%, os mineradores estão se deparando com custos operacionais crescentes. Isso levou alguns a considerar fluxos de receita alternativos, como a inteligência artificial (IA).

Custos de mineração de Bitcoin atingem US$ 53.000 após o halving

O relatório destaca que os custos de mineração quase duplicaram. Ou seja, o custo médio de produção em dinheiro saltará de US$ 29.500 para aproximadamente US$ 53.000 por BTC.

Da mesma forma, espera-se que os custos de eletricidade aumentem de US$ 16.300 no quarto trimestre de 2023 para US$ 34.900 por Bitcoin minerado após o halving. Essas despesas crescentes estão levando as empresas de mineração a explorar opções economicamente mais viáveis.

Leia mais: O que é o Halving do Bitcoin?

Empresas como BitDigital, Hive e Hut 8 já começaram a gerar renda com tecnologias de IA, aproveitando seus recursos computacionais além da mineração de criptomoedas. A CoinShares aponta que a TeraWulf e a Core Scientific não só estão ativas no setor, mas também planejam expandir suas operações com a inteligência artificial.

“Empresas como a TeraWulf e a Bitdeer estão expandindo ativamente suas capacidades. A Core Scientific, por exemplo, está hospedando a Coreweave sob um contrato de vários anos. Ao mesmo tempo, a BitDigital planeja dobrar sua capacidade, com o objetivo de atingir uma taxa de execução anual estimada em aproximadamente US$ 100 milhões”, afirma o relatório.

Novo foco em energia ociosa e tecnologia

O autor principal do relatório da CoinShares, James Butterfill, sugere que as operações de mineração de BTC podem gravitar em torno de locais com recursos energéticos ociosos. Ao mesmo tempo, o investimento em IA poderia se proliferar em ambientes mais estáveis.

Essa mudança estratégica poderia ajudar a mitigar a pressão financeira causada pelo envento, já que os mineradores buscam otimizar os custos de energia, aumentar a eficiência da mineração e investir em hardware econômico.

As flutuações no hashrate – o poder computacional combinado usado na mineração e no processamento de transações de Bitcoin – complicam ainda mais o cenário da mineração. As previsões pós-halving preveem que o hashrate acabará subindo para 700 exahash até 2025, embora seja esperada uma queda imediata de 10% à medida que as operações de mineração menos lucrativas ficarem off-line.

Ao mesmo tempo, é previsto que os preços do hash, que refletem os ganhos por unidade de hashrate, diminuirão.

Previsão Hashrate. Fonte: Coinshares

As adaptações estratégicas marcam esse período de transição à medida que as mineradoras navegam pelas novas realidades econômicas pós-halving. Com a integração da IA, as empresas de mineração não apenas diversificam suas operações, mas também aumentam sua resiliência contra a natureza cíclica dos mercados de criptomoedas.

Esse foco duplo em criptomoedas e IA pode anunciar uma nova era na economia digital. Ela combina o blockchain com o aprendizado de máquina e outros aplicativos de IA para otimizar a lucratividade e a inovação.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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