O Bitcoin (BTC) se aproximou do nível de US$ 17.000 após o último relatório do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos surpreender o mercado.
O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos (Labor Department) divulgou nesta sexta-feira (6) o número de novos empregos criados na maior economia do mundo.
Segundo a instituição, 223 mil empregos foram criados no país em dezembro, número acima do esperado pelo mercado. Anteriormente, analistas da Bloomberg projetavam a criação de 200 mil postos. Com isso, a taxa de desemprego norte-americana caiu de 3,7% para 3,5%.
O Bitcoin ensaiou um leve salto logo após a divulgação do relatório, superando o nível de US$ 16.800 e se aproximando da resistência de US$ 17.000. Segundo dados do CoinGecko, a última vez que a criptomoeda foi negociada acima desse nível foi no dia 16 de dezembro.
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Por que o Bitcoin reage a esses anúncios?
A primeira vista, pode parecer confuso a movimentação do Bitcoin estar sujeita a esse tipo de relatório, visto que o ativo em si não está correlacionado a economia dos EUA. Pelo contrário, a criptomoeda, pelo menos na teoria, atua como uma forma de proteção ao sistema financeiro tradicional.
No entanto, o BTC, assim como o mercado cripto como um todo, tem se correlacionado cada vez mais aos mercados de renda variável, sobretudo nos EUA. Isso se deve pelo salto de investimento institucional feito nas criptomoedas nos últimos anos. Dessa forma, seus preços acabam seguindo as movimentações do mercado, sobretudo de ativos como o S&P 500 e ações de big techs.
Portanto, notícias que acabam animando os investidores impactam positivamente o preço do Bitcoin, enquanto o aposto também se torna verdadeiro. Vale lembrar que o mercado cripto foi afetado pelo aumento das taxas de juros dos EUA, que fez diversos investidores migrarem capital dos mercados de renda variável para a renda fixa.
Nesse sentido, o Bitcoin pode apresentar grande volatilidade na próxima quinta-feira (12). Nesta data será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA, um dos relatórios mais importantes referente a inflação do país – que no ano passado, atingiu seu maior nível nos últimos 40 anos.
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