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22 novos ‘ladrões de Bitcoin’ descobertos no Chrome pouco antes do halving

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Escrito por
Paulo Alves

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Editado por
Caio Nascimento

11 maio 2020 10:18 BRT
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Pouco antes do halving, usuários de Chrome devem tomar cuidado com 22 novas extensões. Um pesquisador revelou mais um conjunto de plugins para o navegador do Google que ameaçam carteiras de criptomoedas famosas. Ledger, Metamask e várias outras estão em risco.

A descoberta ocorre dias depois que 49 extensões foram identificadas e removidas da loja do Chrome. A estratégia é mesma. Em geral, esses programas imitam as carteiras reais e fazem o usuário digitar as chaves de desbloqueio para ter acesso aos fundos. No entanto, os dados são enviados imediatamente aos criminosos, que pode roubar os valores sem chamar atenção.

O mesmo pesquisador descobriu os dois conjuntos de ameaças. Segundo Harry Denley, especialista em segurança cibernética, ele encontra problemas do tipo todos os dias na plataforma do Chrome. Ele aponta que o Google tem derrubado as extensões, normalmente, dentro de 24 horas. No entanto, algumas acabam escapando do controle da empresa.

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É o caso de uma versão falsa da Metamask. Até a publicação desta matéria, horas antes do halving, ela seguia disponível para download na Chrome Web Store. A diferença para a original é apenas na popularidade. Enquanto a verdadeira foi baixada mais de um milhão de vezes, a fraudulenta acumula apenas 325 downloads. e nenhuma avaliação.

Criminosos miram halving?

Além de Ledger e Metamask, também são alvo as carteiras MyEtherWallet, Trezor, Electrum, Exodus, Jaxx, CCB e KeepKey. O problema não deve parar, ao menos não nos próximos dias. Com a chegada do halving, o termo vem sendo muito buscado no Google. Portanto, crescem as chances de entrada de iniciantes no mundo cripto, um prato cheio para hackers.

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Sem conhecer como essas carteiras funcionam, novos usuários podem ser enganados até mesmo se a extensão não imitar 100% a original. Nesse caso, os Bitcoins recém-comprados na expectativa de valorização pós-halving podem ser interceptados facilmente.

Como se proteger

Enquanto o investidor acompanha a flutuação do preço no halving, é essencial redobrar a atenção para golpes.Por razões de segurança, as extensões não têm o link divulgado. Porém, o especialista mantém um diretório público onde parte do endereço pode ser consultado.

Vale lembrar, porém, que o Google não pode desinstalar um plugin que já foi baixado pelo usuário. A dica é remover as extensões de carteira do navegador e voltar a baixar na loja, sempre reparando se são as verdadeiras.

É importante ressaltar, além disso, que as extensões não atingem somente usuários de Chrome. Todos os navegadores baseados no código-fonte do Google têm a mesma exposição a esse tipo de ameaça. É o caso, por exemplo, do Opera e até o Edge, o navegador da Microsoft que vem no Windows 10 e, recentemente, foi reformulado.

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